Voluptuoso, freneticamente,
Move os quadris em loucos meneios,
A boca perdida entre os seios
Sugando o veneno da serpente,
Que sou, presa ao seu peito ardente.
Em convulsões, perdida em anseios,
Solto o corpo em bamboleios
Para que ele plante a sua semente
No ventre, que se move como onda,
E que, às vezes, é cauta fera que sonda
A presa para matar, da fome, a fúria,
Que nos fez seres multiformes
Desejando espaços enormes
Para o balé da sublime luxúria...
21/07/03.
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