Entrando pela noite enluarada,
No desejo de chegar não sei onde,
Minha Musa divina e doce amada,
Na noite fria, trêmula se esconde.
Ao fluir o palpitar em cada fronde,
Do velho amor ouve a voz velada,
Um último astro, então responde
Com cintilação rápida, inesperada.
Para vencer solidão, vidas soturnas
Entre encanto e lágrimas noturnas
Vejo tudo se passar, hora por hora.
Vivendo um instante e, sem desejo
Ela dorme, mas acordará com um beijo
Na face, enquanto o dia amanhece lá fora.
|