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Poesias-->O equilíbrio -- 09/11/2000 - 18:16 (Márcio Filgueiras de Amorim) |
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Não se permite ao homem
o perfeito equilíbrio
estático
de uma escultura
de Rodin ou Degas.
Jogados
sem controle
como uma garrafa
nas ondas
de um mar revolto.
O mais próximo
do equilíbrio viável,
ao homem, almejar
é o equilíbrio instável
do pêndulo de um relógio.
Como a natureza
que sabiamente
alterna
tempestade e bonança
ventos e calmaria
Cabe ao homem
alternar
alegria e tristeza,
trabalho e descanso,
êxtase e sofrimento.
O segredo
do equilíbrio humano
está no saber
manter do barco
o curso.
Desviando das rochas
e da calmaria
com as velas alegremente
abertas
sem perder o rumo.
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