O choro da lua
Hoje ela cansou de olhar o mundo.
A miséria, a guerra e a maldade,
Rios secando, queimadas e o mar imundo,
Principio do fim da humanidade.
De ver o ódio destruir a esperança,
A alegria transformasse em amargura,
Não restará dessa terra uma lembrança,
Além do regalado tempo de loucura.
Para chorar então a lua escureceu,
Mas ao voltar o seu brilho não escondeu,
A mancha rubra de lágrimas sombria,
E um vermelho destoante no céu apareceu,
Pelas lágrimas que aos poucos derreteu,
Como se ela estivesse sangrando em agonia.
Mauro de Oliveira
29/10/04
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