Finalmente estamos saindo de uma quadratura do Sol com Marte. E olha que Sol em Áries e Marte em Capricórnio exacerbam ainda mais as energias guerreiras e de mal-entendidos. Hoje o Sol já está em Touro, talvez moldado por belezas venusianas e, assim, propiciando mais harmonia. Quem estava ligado nas brigas, acidentes e desentendimentos, grandes e pequenos, deve ter percebido como foram esses últimos dias. Porém, as forças positivas do cosmos nunca se foram e nos deixaram a ver navios. A espiritualidade sempre foi a melhor arma para se safar das agruras do negativismo entrópico quando esses aspectos ruins aparecem no céu e no ar. Mas espiritualidade não se compra em farmácias. Infelizmente nem em igrejas. A Páscoa se foi, já estamos na Pascoela. Quem se lembra da Pascoela depois da Páscoa? Não importa. Reflitamos: quem viveu a Páscoa com seu verdadeiro sentido, a transformação das situações de morte para situações de vida? As verdadeiras transmutações, onde ficaram? Se foi preciso religião para isso, ótimo. Se a religião atrapalhou, pena... O mais importante é por dentro, o Mestre já houvera avisado. A verdadeira espiritualidade é uma propriedade emergente do ser humano que evolui sem parar. Teilhardt Chardin, grande teólogo e antropólogo, o afirmou com propriedade no século passado. Muitos, no entanto, ficaram presos à quadratura do Sol ariano com Marte capricorniano nesta Páscoa. Pena, de novo. Reconhecer a situação não exige que se fique preso a ela. O universo é dinàmico, não? E agora, que fazemos quando a Páscoa já se foi mais uma vez? Ficamos apenas amargurando o fígado embrulhado de tanto comer chocolate? Ou, pior ainda, de tanta comilança e álcool? O universo continua oferecendo chances e mais chances. E, nós, seres humanos, como estamos aproveitando? Procuramos saber desta vez algo mais sobre o rito da Páscoa? Mudamos algo em nós mesmos após a maior festa do cristianismo? Evoluímos? Se não, o pós-Páscoa está aí e sempre há tempo!
|