PEGANDO CARONA NO POMBO CORREIO
(Mote: Pombo Correio- Paulo Márcio)
Autor: Pedrinho Goltara
A coisa mais intrigante
É a mentira deslavada,
Aquela que qualquer um
Sabe que foi inventada,
Por isso,mentiroso pra mim
Não vale uma moeda furada!
Agora, quando é verdadeiro
Um caso que aqui é contado,
Como esse,do Paulo Márcio
Me deixa até emocionado,
Pombo Correio de Araruama
Que pelo povo foi ovacionado!
A ave sumiu o dia todo
Só retornou no outro dia,
Ela esteve aqui em Vitória
E depois foi pra Bahia,
Voltou pra Araruama à pé,
Saudade do Zé Bento, sentia!
Essa estória é tão real
Minha avó até me contava,
Zico (o pombo),no Rio de Janeiro
Muita autoridade esperava,
Asa cortada,patinha ferida...
Com um gavião ele lutava!
Depois de tanto sofrer
Zico foi recompensado,
Zé Bento não conseguiu
Manter o pombo tão amado,
Ele foi trabalhar nos Correios
Recebendo bom ordenado.
Veio aqui pra Vila Velha
E todo dia muito voava,
Fazia Vila Velha-Rio de Janeiro
Por Araruama sempre passava,
Se aposentou há uns anos
Na Praia da Costa morava.
Até perto de minha casa
Ele deixou um herdeiro,
Filho de uma pomba rola
Também do Rio de Janeiro,
Ele teve muitas pombas
Mas essa,foi o amor primeiro!
Quando falo essas verdades
Fico até descontrolado,
O herói Zico,o Pombo Correio
Após haver tanto trabalhado,
Não conheceu o Paulo Márcio
Que lembra esse fato passado!
Quem vai ao Parque Moscoso
Aqui no centro da Capital,
Vê os pombos em revoada
De todas cores, em geral,
São descendentes do ZICO...
Tinha um harém sem igual!
Zico, hoje só descansa
No bico não leva mais nada,
Fica só olhando pra baixo
Lá da sua alta morada,
Quando vê uma pomba gostosa
Sente uma tristeza danada!!!
Goltara- 21/01/2007- 09:43 h
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