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Contos-->Decisão de uma Vida -- 26/12/2003 - 14:03 (Yumi Madigan) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enfim chegara a noite de lançamento de seu romance que passara meses escrevendo. Entre cumprimentos e autógrafos, a fila por sua dedicatória era longa, mas não o suficiente para apagar seu caminho até ali.
Um homem esperava para ser o próximo. Seus ralos cabelos brancos denunciavam a idade. Vestia uma jaqueta creme e segurava seu exemplar com a mão esquerda, exibindo uma fina corrente dourada.
Alguns jovens, logo atrás dele, esperavam tão ansiosos pelo encontro com aquele escritor quanto ele.
Enquanto autografava mais uma capa do livro, alguém comentou com ele, como seu pai deveria estar feliz por ter um filho brilhante. A caneta deslizou pelos seus dedos e a tinta borrou levemente sua assinatura, enquanto balançava a cabeça.
Sentado a mesa da cozinha, entre subtrações e persongens de Machado de Assis, ouvia sua mãe chamá-lo do quintal para ajudá-la com as galinhas.
Desistia dos númerosl preferia as estórias, principalmente aquelas que, nas tardes cuja a família reunia-se, eram contadas pelo seu avô sobre um tal de Alenxandre com seu olho torto. Mas seu pai julgava perda de tempo, queria um filho médico, pois assim ele teria um futuro diferente daquele que teve.
Muitas vezes, ele dizia a seu pai que estava a estudar fisiologia durante a madrugada, mas na verdade estava lendo mais um livro que sus professora emprestara. Já havia lutado com Dom Quixote, visto Ana no Jardim Botânico, dançado com Rita Baiana.
Um dia de domingo, quando apresentou sua primeira estória, seu pai o proibiu de ler esses tipos de livros que não fariam dele, um médico, e gritava que não estava criando um filho para aquilo.
Cursou medicina, fez-se o que seu pai desejava. Porém, não era aquilo que ele esperava. Frstrou-se. Desistiu. Brigou. E nunca mais o viu.
O homem estava a sua frente, entregando-lhe o livro para mais uma dedicatória. Tomando-o, enquanto equilibrava a caneta preta entre seus dedos, viu aquela fina pulseira de ouro igual a que seu pai tinha no pulso esquerdo. Levantou a cabeça e olhou aquele homem que apenas dizia:
- Perdoe-me, meu filho!
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