SUBLIME DOÇURA
A ninguém é dado viver num mar de rosas,
Tanto padece o ímpio, quanto o justo.;
Não há, pois, que se buscar, a todo o custo,
Uma vida só de coisas maravilhosas...
Às vezes, num repente, nos advém um susto,
Ante a situações tristes e penosas,
O que dantes eram flores, belas, formosas,
Mostra seus espinhos, qual singular arbusto...
Nas horas em que nos abate a tristeza,
Do amor, a força incomum se faz presente,
A dar rumo certo ao curso de uma vida,
A dor, em sublime doçura é convertida,
De nós se acerca a calma, novamente,
A envolver-nos numa aura de pureza.
|