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Humor-->Já dizia o Cazuza -- 29/03/2003 - 10:05 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Já dizia o grande Cazuza: “Que País é Esse?”
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Este país não tem jeito. Há anos que isso acontece. Assim que se aproxima janeiro, a turma desaparece. Bem pertinho do Natal, Grita o povo e solta o berro. Já que ninguém é de ferro. E o trabalho incessante, do parlamentar ambulante, que é levado muito à sério, acredito, relevante, aos berros e muito grito, na gaveta vai ficando.

Depois do Natal, quem merece, não há um que não se apresse. Ao merecido descanso. À sombra de um coqueiro; ou junto do rio manso; é tempo de mais um recesso. Que dura por muito tempo. Na dança do povo na rua. O Carnaval acontece. E quando termina a folia, bem depois da quarta-feira, o parlamentar se prepara. Lembra logo da volta. E que fez muita besteira. Pulando e bebendo muito. Toma água bem gelada. Sal de fruta e “saideira”, pra curar a bebedeira. Pois a volta ao trabalho, quase dura a vida inteira. E aí se dá o regresso, lá pro final da semana, do deputado ao Congresso.

De sua terra natal, bem perto da sexta-feira, pra esquecer do Carnaval. Enquanto a turma não chega, o presidente do Senado, pra adiantar o serviço, passa em revista o soldado. Da Guarda de Honra, o coitado! Na rampa já perfilado, marcando a volta ao trabalho, de quem na certa não chega. Só chega sempre atrasado. Não encontrou avião, é a desculpa esfarrapada. Pra sua volta adiada. Desde a semana passada.

Mas não é assim,sem razão. Que age o deputado. Ele sabe de ante-mão; pela experiência que tem; que só na semana que vem;o Congresso estará lotado. E como sobrou afazeres, ainda do ano passado, é bom descansar bastante, há muito que ser votado.

E o primeiro desafio: as Medidas Provisórias; que agora são permanentes; e não ficam mais como antes; esperando a sua hora; sendo jogadas prá frente, trancando pautas e agente. Esperando a nossa hora. De ser lembrado por quem. Foi eleito, afinal. Para cumprir toda a pauta. E não brincar Carnaval.

Agora, a nova medida, tem prazo e hora marcada. Depois de um mês e meio, bate a aflição e o receio, que a pauta fique parada. E todo o trânsito embolado, por causa de tanto serviço, que veio da presidência, para ser apreciado. Mas não adianta a insistência, pois nada será votado.

O clima é de desconfiança. Não há quem diga o contrário. Nada será aprovado. Nem mesmo aquele pacote. O ano todo falado. Aquele da segurança. E o Imposto Provisório, ao contrário da Medida, não ficará mais pendente. Ela será permanente, como esperava o presidente.
E assim a arrecadação melhora. E a despesa logo aumenta. E é o povo quem agüenta. Lamenta e ainda chora. Pois seu salário piora.

Pela fome do Leão. Pois é justo nesta hora, que o Ministro encolhe a mão. A mando do presidente, que só vai soltar dinheiro, bem longe mais lá prá frente. Quase no fim do mandato. Bem perto da nova eleição.

Difícil esse regresso. O tempo é curto e a pauta extensa. Tem assunto pra todo gosto. Concordata e Previdência. Tem criação de imposto. E ainda a votação. Do Sistema Financeiro. Autonomia de operação. Banco Central verdadeiro. Que tem muita paciência. Com o capital estrangeiro.

Mas que fazer agora? Antes o Congresso reclamava, de tanta Medida Provisória. Que o seu trabalho trancava, porque não existia prazo, e nunca ninguém votava.

Hoje que restringiram. O uso daquelas medidas. O Congresso fica parado; e agora com a pauta trancada. Por falta de tempo, imaginem. Com tanto serviço guardado. E as eleições não se esquecem. Pra atrapalhar mais ainda. E essa celeuma, por certo. Já virou até rotina. Nunca, jamais, que termina.

Ano que vem tem mais. Mais recesso e Carnaval. E as festas de Natal. E assim é nossa sina. Nossa fama nesse mundo. É a mesma, sempre igual. O brasileiro vai ao campo. Assistir o futebol. Ou comparece à passarela. Pra olhar o Carnaval. Mais quem está com a bola toda. É o deputado, afinal. Quem dança é somente o povo. Enquanto o parlamentar. Faz aquele Carnaval.

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