Usina de Letras
Usina de Letras
179 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62272 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13573)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5452)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->"Às margens do rio que morre..." -- 19/04/2003 - 23:39 (Clarice Rosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


"Às margens do rio que morre..."

Não, ainda não me sentei, mais chorei. Chorei pelo rio que dá de beber a tanta gente; que muitas vezes no calor, me refresquei nele; pelo melhor amigo que se sentava na ponte e ficava horas tentando pescar um peixe; pelo emocionante dia em que um jacaré dava voltinhas por ele; pelo amigo famoso da classe que ganhou muitas medalhas na canoagem, competindo nele; pelos irmãos que roubam a toalha de mesa da mãe junto com eternos meninos, para levarem o bote até o rio e então descer numa aventura emocionante. Acho que todos os que nasceram ou que vivem em Pádua, choram ao ver o Rio Pomba morrer.
Não seremos as primeiras nem as últimas cidades a chorarem pelos seus rios, mares, lagoas e baías. A negligência, a incompetência e o egoísmo de alguns fazem de rios como o Pomba e o Paraíba do Sul, rios mortos. Os peixes, bichos, as pessoas, todo o ciclo de uma biodiversidade foi modificado, prejudicado pela falta de respeito do homem pela natureza. O homem destrói a ele mesmo, destrói principalmente o futuro de seus filhos. Quando será que saberemos amar e preservar o que é nosso? Talvez, quando a natureza já estiver morta.
A revolta e o questionamento são o princípio da mudança. E a vontade de um pode ser a de muitos. Os responsáveis pelo crime devem pagar, não ficarem presos. Isto não fará o rio viver. Devem pagar indenização aos pescadores pelo tempo sem trabalho, financiar inúmeros projetos para a devolução da vida aquática, principalmente a devolução da pureza da nossa água, etc. Sei que as coisas não são assim, sei que moro num país onde impera a omissão por parte de todos os órgãos públicos. Mais sei também, que os pescadores, os amigos, os moradores e as pessoas que respeitam o Meio Ambiente jamais esquecerão que viram seus rios agonizarem. Eu, pelo menos, estarei sempre cobrando e lutando pela coisa que deveria ser mais importante do mundo. A VIDA.

claricerosa@hotmail.com.br
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui