LIBERDADE DO AMOR
Se, com o corpo e alma desnudados,
Em meus braços te prendes, com saudade,
Hás de, por certo, encontrar a liberdade,
Nesse sublime paradoxo de apaixonados.
Só no amor se é mais livre, quanto mais cativo,
Renova-se o ardor em cada novo abraço,
Sacia-se o desejo, restando ao corpo lasso
O doce repousar do seu prazer lascivo.
Se, de um triste passado, estás, ora, liberta,
Vivendo esse amor, em contínuo desvario,
Dessa paixão sem fim, cada suspiro, cada arrepio,
Dá-nos a dimensão do êxtase que ela desperta.
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