Baseado em um pesadelo
Eu, química complexa do carbono
Em gradientes elétricos ativos,
Cansado, como todo seres vivos,
Andava ao mundo morto do meu sono.
Cobrava do inconsciente, sócio e dono
De mim, meus porquês, medos e motivos,
E, na ânsia do meu gênio cognitivo,
Perdia o meu simpático e frio tono.
Numa ultrafatalíssima dormência,
Súbito, ouvi a voz da inexistência
Chamando-me: Vem filho!, clara e forte,
E, ouvindo-na, corri ao seu caminho
Porque na escuridão fraco e sozinho
Queria estar nos braços da mãe morte.
Você estava morto antes de nascer
|