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Poesias-->COM MENOTTI DEL PICCHIA -- 17/10/2004 - 10:41 (ANTONIO MIRANDA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
COM MENOTTI DEL PICCHIA

“Quello que fu nom è più”.

PAPINI

Antonio Miranda



A Semana de Arte Moderna

foi a pira fumarenta e centrífuga

dos valores passadistas

- contra os “patriarcas do obsoleto”.



Havia-os, então.

Haverão!



Com as “proporções de queima”

no altar das vocações

libertárias, incendiárias

um fogueira iconoclasta

ardia e julgava

com alguma pirotecnia.



Quem diria? Além de pregar

- com justiça e alguma chalaça -

contra os vocábulos chochos e secos

- um montão de cadáveres insepultos

idolatrados no relicário da literatice

- lerdice de nossa incultura”-

contra os râncidos moldes da estatuária

literária.;

além de abjurar o inçado anacronimo

a caturrice

a estultícia

as ruguentas vestais do passadiço

os misoneistas faquirizados

- inertes e inúteis! -

os modernista imolaram

Peri e Aleijadinho...



Contra o romantismo piegas!

Contra o realismo de açougueiro das letras!



Contra o velho, o obsoleto, o anacrônico

o conservantismo

a subserviência e a mediocridade:

conhecimentos surrados, fossilizados

o ramerrão gasto e atrasado.



Contra o parnasianismo marmóreo

e pomposo dos poemas imortais!

Contra a gaiola-de-ouro do soneto

(o “sonetoccocus brasiliensis” satirizado

por Cassiano Ricardo – um fardo!)

arapuca-de-taquara dos versos medidos

no acicate do Oswald de Andrade...

- uma estatuária gélida e oca

cheirando a cópia da tradução, a plágio...



A ordem do dia era a renovação.

Buscar novas formas para as formas novas,

outra técnica para a sua

representação.



Vanguardas!

Todas as vanguardas estão mortas

(não apenas os vanguardistas)

mas ainda ardem

as suas brasas

como asas de fênix

per secula seculorum

no incensário

das exaltações.

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