Não há bueiro que agüente
Tanto rato fedorento
A catinga ta demais
Naquele parlamento
Temos que achar gato maior
Pois na frente vem o pior
É o que penso no momento.
Procurar um cientista
Essa é a uma solução
Pra inventar um veneno
Pra ajudar o povão
Racumin já num da jeito
O chubin não é perfeito
Já num mata esses ladrão.
Até avião ta atolando
Nessa lama do planalto
Os ratos se reuniram
Pra fazer o grande assalto
Os ladrões de Fortaleza
Perderam pra essas belezas
Que hoje deu grande salto.
Reuniram as ratazanas
Quase de todos os partidos
No bueiro do senado
Sem fazer um alarido
De repente aprovaram
Nem aos restos consultaram
Pra fazer os seus pedidos.
Achando o queijo pouco
Que já era grande fatia!
Votaram em causa própria
Fazendo uma covardia
Quase que o queijo foi dobrado
Pra senadores e deputados
Na reunião daquele dia.
Pra essa lei não apareceu
Nenhuma oposição
Todos os ratos aprovaram
Sem fazer grande questão
Vejo a nação alarmada
Com a ratoeira desarmada
Sem dar uma opinião.
Só estes poetas bravos
É que faz sua poesia
Denunciando ao povo
Essa grande anarquia
Vamos à luta brasileiros!
Ou limpamos esse bueiro
Ou eles tiram nossa alegria.
Enxergaram lá uma pobre
Que levou uma margarina
Quatro anos de prisão
Essa foi a sua sina.
O povo vê pasmado
Esse bueiro do senado
Que rói minha auto estima.
Procurei um gato maior
Percorri por todo o mundo
Pra botar naquele bueiro
Pra comer os ratos imundos
Mas não achei meu irmão!
O caso ta sem solução
Neste bueiro profundo.
Até o Zezito me falou
Que pra resolver este fato
Tem que ir a Amazônia
E procurar um gato do mato
O de Vila Velha esse não!
Não vai entrar meu irmão
Nesse bueiro de muitos ratos.
