Sempre notamos que muitos artistas brasileiros necessitam primeiramente serem reconhecidos no exterior para que depois sejam valorizados em seu próprio país. Isso é o que aconteceu também com o jovem Marc Fortuna, conhecido por nossos leitores em outras áreas de atuação. Aos 28 anos de idade, este talento artisticamente descoberto no exterior, já foi professor, líder comunitário, suplente de vereador na capital de São Paulo, radialista e diretor de uma empresa jornalística. Mas Marc Fortuna também teve atuação, no passado, na área artística brasileira, no que diz respeito ao teatro.
Em 1995, quando fazia parte do quadro de atores do Núcleo Teatral Rapsódia, participou de um dos maiores desafios e por que não dizer "ousadia" do teatro brasileiro: a representação em língua inglesa da obra "Rei Arthur" para um público de língua portuguesa; a obra trouxe Marc Fortuna no papel do Rei Arthur.
Na laureada Companhia Teatral Santanense, Marc Fortuna teve momentos de glória por sua atuação como ator e diretor teatral. Durante o tempo em que permaneceu na Companhia (93/94), o grupo agitou a vida artística, principalmente na Zona Norte da capital, com obras polêmicas e inteligentes, como "Joanna D Arc, a puccele d Orleans" (protagonizada pela atriz Elen Falcão), "Fábrica de Teatro" (mostrando a realidade dos bastidores do teatro), "Pátria Minha", "Poema do Carnaval" (musical coreografado) etc. Foi também nessa época que o ator idealizou e criou, juntamente com alguns membros do Santanense, o projeto "O povo faz teatro", patrocinado pelo economista e ex-presidente do Banespa e CESP Saulo Rodrigues, levando à população de uma determinada região, aos domingos, diferentes personagens e técnicas teatrais em praças públicas, tornando o público atuante nas atividades e proporcionando lazer, informação e cultura. Marc Fortuna atuou ainda como ator do "Núcleo Teatral Oráculus", sob direção de Carlos Ferré.
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* Publicado no jornal "Imprensa News", maio/1999
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