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Cartas-->PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE -- 26/03/2003 - 02:26 (Joel Ribeiro do Prado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Escrever isto foi uma forma de, num momento de extrema desestabilização emocional,quando parecia que um ácido me corroia internamente, reverter a minha aflição. A situação familiar era de tal complexidade que, conscientemente, seria muito difícil acreditar que valeria a pena fazer uma coisa como esta. Mas, como eu sempre reconheci que o desespero pode ativar também energias positivas até desconhecidas, entreguei-me à formulação desta proposta. À medida que escrevia, ia sentindo um grande alívio que foi se transformando num prazer indescritível. O resultado superou a minha expectativa. Eu, que estava no centro de uma intolerância orquestrada, seria, numa primeira análise, aquela pessoa de quem menos se esperaria um gesto de apaziguamento. Valeu! Mas aquela criatura por causa de quem e, principalmete, para quem eu fiz isto, teve como primeira reação a de dizer-me que eu estaria tentando competir com a religião dela. São equívocos normais dos seres humanos...


A
Cristiane/Camila/Ana Paula/Terezinha/Vera/Mara/Celso/Rubens/William/Elaine/Wagner/Vânia/Laura/Júlio César/.../...


Este é um convite à reflexão.

O MOMENTO DA HUMANIDADE
Aproximamo-nos, todos, da virada do milênio. A humanidade vive um momento raro quando o tempo nos apresenta um número cronológico que pode ter e certamente tem uma capacidade de influência psicológica que supera a dos centenários, a das décadas e a dos aniversários. Vale a pena, nesta hora, pensar bastante na falta de lógica que haveria em não preparar nada fora da rotina da vida. Nada? Nós, que sempre temos um bolo para comemorar um ano de vida pessoal, não vamos nos incomodar com esta virada do tempo que nos diz respeito a todos? Ateus e deístas, ocidentais e orientais, ricos e pobres. Todos nós, de todos os credos, de todas as raças, de todas as camadas sociais, de todos os níveis mentais, todos nós temos muito a ver com este imenso marco da história humana. A soma das ações cotidianas de todas as vidas, passadas e presentes, profícuas e inúteis, errantes e domiciliadas, miseráveis e faustosas, conciliadoras e belicosas, inocentes e maldosas; a soma de todas estará registrada, à hora da passagem milenar, na cara da humanidade e na imagem ambiental do planeta.

A NOSSA CARA
Que cara tem a humanidade neste epílogo milenar? A cara moldada pelo seu comportamento. Ora, se pudemos desenvolver tecnologias tão sofisticadas que nos trazem para dentro da nossa casa cada palmo da Terra e o que nele acontece como manifestação vital da sociedade e dos indivíduos, talvez tenhamos o direito de fazer uma cara vaidosa, orgulhosa de nós próprios por tamanha capacidade de criar meios científicos e aprimorá-los a tal ponto. É..., mas, se prestarmos atenção nas mensagens contidas em cada fato, em cada ação humana, aí teremos de estar com outra cara: a da perplexidade diante dos nossos próprios desacertos.

COMO NOS MOSTRAMOS
Sempre reagimos com espanto diante das notícias veiculadas pelo rádio, pela tv, pelos jornais, etc. Como está o mundo, meu Deus! É o que dizemos com ênfase. Mas nem cogitamos sobre o que diriam os outros, se algumas das nossas ações, mesmo as domésticas, fossem levadas pelos mesmos meios de comunicação para diante dos olhos das outras pessoas, onde elas estivessem. É, mas, certamente, o comentário que arrancaríamos muitas e muitas vezes, seria o mesmo: Como está o mundo, meu Deus!

VALORES ÉTICOS
Gente, a FEBEM, as CPIs, os Ratinhos da vida, etc. não surgiram do nada, do acaso, ou simplesmente da vontade sensacionalista. Não! Isso tudo é resultante da perda dos valores éticos, da pobreza moral a que descemos. Isso tudo foi gerado nas entranhas das famílias desassistidas já da noção elementar do que seja dignidade. Gerado na família, invade a seguir as ruas; depois, é adotado como chamariz pelos abastados gênios da comunicação e através destes retorna ao lar, não ao próprio, mas a milhões de outros, com freqüência insistente, produzindo primeiro o espanto, depois, a indiferença e, num passo seguinte, a própria indução à cópia pelos membros de outras famílias. É... E assim vai o processo de aniquilamento dos padrões altos de moral.

MAQUILAGEM
Seguindo-se ao desfile de atrocidades, tem-se o pronunciamento débil de autoridades saídas desse mesmo laboratório de caráter, apenas com a aparência melhorada pelo mais perigoso dos cosméticos: o Poder.

Ressalvadas as algumas exceções - que gente boa há até nas prisões - esta é a tônica do momento atravessado pela humanidade: FAMILIA FALIDA, SOCIEDADE FALIDA, JUSTIÇA FALIDA. Para mudar isso, temos de trazer na nossa alma o compromisso de lutar por um mundo melhor, no nosso coração a capacidade de amar e na nossa cabeça a convicção de que valerá a pena, já que o bom empenho nesse projeto de soerguimento moral produzirá só por si a reversão da célula mater, a família, de modo a que ela deixe de ser uma forja de desequilibrados para ser o núcleo íntegro, coeso e resistente que precisa ser para corresponder ao seu papel e à sua importância.

A FAMÍLIA.
Quem não tem família ou quem a tem em mau estado precisa de muita força de vontade para seguir na direção dos seus ideais. Muitas vezes, esses que não têm família ou a têm em mau estado nem puderam estabelecer ideais. Vejam o que pode acontecer com alguém sem ideais: seguir como um pária, desencontrado de si mesmo, sem autoconhecer-se por falta de referências e de buscas interiores. Seguir para onde, se não há impulsionamento, sugestão, motivação?

Se nem há um auto-reconhecimento da importância pessoal, sobretudo numa interação com pessoas estimadas e às quais estejamos ligados por vínculos nobres como os de pais e filhos, os de irmãos, os de pai e mãe, o que acaba restando, mas sem suprir essa falta de núcleo, são as associações ocasionais, externas à família, que até podem ser positivas –o que cada vez é mais difícil em razão da deterioração crescente dos valores fundamentais e mais ainda daqueles atribuídos por conveniência- mas não desmancham os recalques que o desagasalho familiar produz em nós, não eliminam os resíduos corrosivos das mágoas mal cuidadas e nem aquecem os espaços gelados e vazios do nosso coração; espaços especialíssimos, de ocupação exclusiva por pai, por mãe, por filho, por irmão, por irmã; espaços aos quais outros, por melhores que sejam essas criaturas, não se ajustam ou até podem se ajustar, mas só se perseverarem com bons propósitos nesse intento.

Quem assina este texto tem apenas a intenção de atender aos reclamos da sua própria consciência que diz:

”Anda! Apressa-te em readquirir aquela expectativa de felicidade dos primeiros anos da tua vida, quando a imagem de Papai Noel todas as manhãs se fazia dentro da lâmpada que se acendia em cima da tua cama. Imagem dulcíssima aos teus olhos inocentes de criança... Anda! Que não verás outra manhã de milênio romper. Aproveita esta que tem uma luz de esperança ativada por toda a fé dos que sofrem mas não descrêem. Deixa o teu ser desdobrar-se em dois e convida os teus e os de ti mais próximos para que façam o mesmo. Verão todos as suas novas imagens em meio à luz de esperança. Terá nascido aí e nesse preciso instante uma comunhão nobre, um novo núcleo.Terá renascido aí e nesse preciso instante a possibilidade da troca, do apoio fraterno, do rencontro ou do encontro de um bom caminho”.

Aleluia!

Joel
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