QUADRETO = ao nível do SONETO
Quatro quadras rimando entre si
com versos em redondilha-maior
1ª. e 3ª. Quadras
os versos rimam
1º. e 3º. - 2º. e 4º.
2ª. e 4ª. Quadras
os versos rimam
1º. e 4º. - 2º. e 3º.
CENTÚRIA XXI
Árvore andando à roda,
a vida é mera agente
que a si mesma se poda
para dar fruto e semente...
Vítima do inteligente
que almeja ser imortal,
o resultado, afinal,
é sempre mais deprimente...
No entanto, é evidente,
terá fim. Quando virá?
Ninguém sabe felizmente
o que ninguém contará...
Ninguém vivo restará,
não há deus que então acuda
e com nossa intensa ajuda
mais cedo ainda será!
413 / 323 a.C - Quem evoluciona Diógenes?
1503 / 1566 - Quem relativiza Nostradamo?
1564 / 1642 - Quem actualiza Galileu?
Além da Terra, qualquer espécie de vida que porventura exista, mais perdurará enquanto se mantiver inacessível ao vírus inteligente, o tal que persiste afirmar que já está tudo descoberto enquanto ao mesmo tempo admite que está sempre a aprender.
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Progressivamente, consoante a disponibilidade, terei todo o gosto em explicitar as diversas técnicas, variantes e ritmos do versejo clássico com base em reconhecidos mestres.
Os que afirmam que a quadra popular é um género de estrofe vulgar, de fácil feitura e inspiração quase ridícula, quanto a mim, ignorando João de Deus, Pessoa, Aleixo, Agostinho da Silva e tantos outros, estão tão-só, em imperante snobismo, dando um tiro na falta de paciência que desde logo revelam para criar poesia acessível a toda a gente.
Meu Deus, como o tempo passa,
dizemos de vez enquando;
afinal o tempo fica
e a gente é que vai passando...
Frederico de Brito (Britinho)
António Torre da Guia |