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Contos-->A Loirinha Safadinha -- 06/12/2003 - 20:48 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A LOIRINHA SAFADINHA



Maísa era uma garota muito bonita, tinha todos apetrechos que os homens sempre sonham, sua beleza era o seu principal cartão de visitas, possuindo um corpo queimado de sol, escultural e cabelos loiros e brilhantes, pois apesar de ser de uma família humilde, os pais tinham o maior orgulho dela, ou seja da sua beleza.
Com isso tudo, a garota só queria do bom e do melhor, foi crescendo, e em sua adolescência, era o mais perfeito rodízio de carros em sua porta, as mais variadas marcas de carros luxuosos paravam em frente à baixada que ela residia, pois na rua da sua residência, sequer passava veículos.
Assim os finais de semana eram uma alegria só para ela, e seus pais começavam a se preocupar com isso, mas não adiantava nada pois a garota tornou-se auto suficiente, como todo adolescente pensa ser, achando-se o máximo, sequer estudava, pois os colegas faziam questão de coloca-la sempre na equipe deles, trocavam a prova com ela quando o professor não estava prestando atenção, só um pequeno afago, já era uma premiação para os garotos, sem contar nas meninas que a rodeavam, ela já era um tipo de pop star estudantil.
Na saída mesmo do colégio, ela já tinha sua carona para almoçar fora, porque em casa além de ser reduzida a ração, ela não admitia, dizendo que a sua beleza não suportava tal humilhação.
As festas que Maísa freqüentava, não era para qualquer um, só ficava nos mais badalados camarotes, com as mais diversas personalidades, que ela achava ser do “time’ dela.
E assim sua personalidade foi moldada nesse parâmetro.
Ela não se permitia apaixonar-se por ninguém, só queria saber de explorar a conta bancária do “feliz” acompanhante, não sabendo onde isso ia parar.
Com tanta badalação, seu lindo corpinho ia parar com qualquer um cheio da grana, debaixo dos lençóis de ceda em um motel de luxo...
Não importa com quantos fossem, com tanta badalação, não tinha limite nenhum, mas as coisa não ficaram permanentemente assim, ela conseguiu se encantar por um cara que tinha saído algumas vezes, como era rico, educado e de boa aparência, tinha tudo que ela sempre almejara, o candidato perfeito para o posto de marido, e pagador de contas oficial do seu coração.
Com isso sempre eles saíam juntos e ela foi deixando os outros parceiros de farra, para se dedicar a Murillo, que era de uma família muito conhecida na cidade.
Tudo estava em seu rumo certo, até que Murillo descobriu a fama de sua noiva, que se tornara recentemente, todos na alta roda sabia do carater monetário dela, assim ele deixou de leva-la a sério, enrolando, protelando o casório por anos, até que um dia encheu-se e resolveu terminar, culminando em um maior escândalo na sociedade, pois a garota não permitia ser trocada por ninguém.
Agora sozinha, mal-falada e sem nenhuma forma de poder subsistir, tentou ser modelo, que ficou por alguns meses trabalhando em uma agência de propaganda, pois aceitou dormir com o sócio da empresa, mas como existe uma fila de interessadas a fazer esse mesmo expediente, ela não conseguiu segurar o cargo, tampouco a vítima.
Em um aceno de boa vontade, o seu chefe ofereceu um emprego de entregar panfletos nas sinaleiras, usando roupas sumárias, não havendo outro jeito, ela decidiu aceitar a oferta de trabalho.
Em uma dessas sinaleiras da vida, foi convidada por um desse motoristas tarados, com duas cédulas de cinqüenta reais, a dar um “passeio”, e garantir uma boa grana, terminando se acostumando à facilidade, que não queria perder, e se prostituiu...
O tempo passando e Maísa não era mais nenhuma garota, isso pesou em seus interesses, a cada ano que passava, ela cobrava menos, assim, ela terminou na Ladeira da Montanha, aceitando qualquer quantia para ir para a cama com ela, e ainda era rejeitada, pois o seu corpo não era nem o reflexo do que era antes, cheio de varizes, estrias, marcas de agressões dos clientes e muito sofrimento, na sua solidão da “profissão”, nem sequer com os pais podia contar pois eles morreram de desgosto com tanta humilhação que sua querida e mimada filha os fizeram passar.
Largada em uma das esquinas, pedindo esmolas, Maísa percebeu que sua vida lhe dera tudo, mas não soubera colher os presentes divinos, amaldiçoando com os mais pífios desejos, e não dava para servir nem de um parâmetro para muitas outras jovens que seguem o seu caminho, porque ninguém liga para ela, e nem sabe que ela existe, sendo somente mais uma que caiu na tentação do glamour e da facilidade.

Marcelo de Oliveira Souza
marceloosouzasom@hotmail.com
Tel 71*91253586
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