Navego, trafego, escorrego e me apego...
Me apego à solidão
que não é minha,
nem dele, nem dela,
nem do irmão.
Aparece no dia que anoitece, uma mão
que não é minha,
nem dele, nem dela
e nem do irmão.
E no abismo profundo do egoísmo,
brota o cinismo que pode ser meu,
dele, dela e do irmão.
Anoitece e nada acontece...
A dor é antiga,
a angústia é amiga
e no espaço de um abraço
não me encontro,
nem ele, nem ela, nem o irmão !!!
(Do Livro não publicado - Cacos de Mim)
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