O espelho me sorriu...
E, minha emoção
Tornava-se singular.
Há quanto tempo
O sol não era o mesmo?
Há quanto tempo
As manhãs não renovavam as flores?
Seria a primavera?
Ou o fato de que meu pequeno coração
Encontrava-se enamorado?
Indagações humanas...!!!
Porém, sempre, de um ser fragilizado
Pelo dia-a-dia!
Hoje, entretanto, o sol
Adentrou meu quarto...
Rara homenagem!
Contudo, pura felicidade
De uma alma indigente e despreparada.
Mas, reconheço:
Devo estar amando!
Tanto como amam os pássaros
A natureza...
E, como retribuição
Cantam:
Àqueles que também reconhecem
A pura e incontestável
Melodia do amor!
Isabel Benedito dos Santos |
