SONETO DAS FLORES
As flores tornam meu viver risonho,
por mais que eu chore a tua ausência amarga.
E embora eu sinta esse pesar medonho,
tanto perfume o meu sofrer embarga.
Todas as folhas, num bailar tristonho,
saem do galho, em despedida vaga,
flutuam leves, como um breve sonho,
qual meu amor, em dimensão tão larga.
Se é em ti que toco, quando podo a flor,
se esse perfume é o cheiro que te penso,
sou jardineira num jardim de amor.
É minha sina, e a cada praga eu venço,
beijando a pétala, eu sou beija-flor,
cultivo plantas com carinho imenso.
www.lilianmaial.portalcen.org
www.lilianmaial.prosaeverso.com
|