Antes só, do que mal acompanhado. Em se tratando do presente, ou mesmo, em relação ao passado. Tudo depende do interesse dessa gente. É triste e até comovente. Mas é, também, a verdade. A verdade aparente. A verdade de um lado. Do lado ruim da cidade. O lado do imprevidente. A turma do inconseqüente.
Nas relações multilaterais, não existem santos, jamais. Todos tem interesses. Interesses, nem sempre legais. Basta ler os jornais. A favor ou contra, tem gente. De guerras e tudo o mais. Mas contra o povo, somente. Estão todos os demais.
Ninguém está preocupado. Com o povo, o cidadão. A briga é de hegemonia. O poder da decisão. A moeda escolhida. O euro e o dólar na mão. Eis aí a confusão. O petróleo já não é nosso. Tem dono, de antemão. Querem fazer a guerra. Para conter a inflação. Acabar com o terrorismo. Enterrar o comunismo. Mentira em primeira mão.
Ninguém se liga na gente. Se morre ou se fica doente. A questão de fundo é outra. É de ordem meramente. Econômica, principalmente. Política inconseqüente.
A Rússia depende do Iraque. O Iraque tem o petróleo. A Rússia compra do Iraque. A França tem bons negócios. A Espanha e a Inglaterra. Esperam o final da guerra. Pra receber seu pedaço. O bolo será repartido. Para todos os aliados. Todos estão conformados. Cada qual tem o seu lado. Seu interesse guardado.
Turquia e Paquistão. Espera-se pela adesão. Aluga-se terreno ao lado. Para instalar o canhão. A força do aliado. Facilitando a invasão. Em troca de alguns trocados. Muito pra lá de milhão.
A China tem seus defeitos. Mas também tem qualidades. O mercado de consumo. Chega perto de um bilhão. Quanto aos direitos humanos. Praticados por beltranos. Morram todos os cicranos. Quero vender meus produtos. E serviços americanos.
Todos contra a explosão. A bomba atômica é perigosa. Pra esta ou aquela nação. Só eles podem testar. Acabaram com o Japão. E vem aí mais fumaça. E onde há fumaça, há fogo. Diz assim, o refrão. A Coréia que se cuide. Vai chegar sua vez. De sentir grande pressão. Toda vez que soltar bomba. Vai levar um safanão.
A ONU será desligada. As nações ficarão desunidas. A organização do comércio. Será também suprimida. O Tribunal Penal nem se fala. A voz da Justiça se cala. E a própria OTAN, coitada. Será de pronto desativada. E nova era começa. De escravidão planejada. Os ricos, sempre mais ricos. E os pobres, com quase nada.
Vamos acabar com o terrorismo. Assim disse o patrão. Atire a primeira pedra. Aquele que acredita nisso. Nessa falsa afirmação. Israel e Palestina. Brigam há quarenta anos. E o americano é omisso.
Ao povo só resta assistir. E torcer pelo zero a zero. Pois se der a goleada. A guerra logo termina. Igual a outra passada. Lá no Afeganistão. E outra guerra começa. Em nome da liberdade. Em defesa do irmão. A favor da união. De forças, diria ele. Das balas de seu canhão. Homens de aço. Faço esta homenagem. Ao grande e bom Cazuza. Capitalismo selvagem. Que agora tem uma sede. Onde mora a burguesia. A burguesia que fede.