ARTE DE AMAR
O amor que não é, em tempo, renovado,
Cedo ou tarde, enfraquece e passa,
Sua ardente chama torna-se em fumaça,
Tênue lembrança de um remoto passado...
Há que dele fazer-se, sem nó ou mordaça,
Alvo de muita atenção, todo cuidado,
Deve ser como um belo jardim tratado,
A que se lhe mantenha a pureza e a graça...
Envolve, o dom de amar, engenho e arte,
Requerendo a destreza de um perito,
A não perder o brilho qu’ele irradia...
E tu, amada musa, tens a maestria
De, a cada dia, fazê-lo mais bonito,
Levando o teu poeta a sempre amar-te.
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