ESPERA
Tem por curso natural
O rio dirigir-se ao mar,
No incessante renovar
D’águas, em sina fatal.
O amor traça um paralelo
A esse fluvial destino,
Sonhador qual um menino,
Ergue, de sonhos, castelo.
A lua, inspiradora contumaz,
Seu prateado brilho oferta,
Encantadora, desperta,
Do amor o se querer mais.
A espera angustiante
Desse mágico momento
Faz-se um quase tormento,
Outro não há o que o suplante.
Mas, fazendo a nossa parte,
Haveremos de conseguir
Esperar o dia, enfim, vir,
De, eu, todo o tempo amar-te.
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