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Humor-->A Guerra Pela Hora da Morte -- 15/03/2003 - 22:16 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os Bastidores da Guerra
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Os jornais de hoje dão conta dos custos da guerra que os EUA pretende impor ao Iraque: cerca de US$ 1,9 trilhão. E olha que estamos falando de dólares. É uma soma bastante considerável, se fizermos, claro, a conversão para a nossa sofrida moeda.

Segundo o prof. William Nordhaus, da Universidade de Yale, nos EUA, as conseqüências de uma guerra podem ser até mais drásticas possíveis. Porém, partindo, apenas, de dois cenários hipotéticos - o de uma guerra breve, com pagamento à vista; e o de uma guerra prolongada, a prazo, com juros e correção monetária – a guerra será menos onerosa. Aainda assim considero a guerra muito cara. E pior: sem qualquer resultado prático para o mundo e para a paz.

No primeiro cenário, ou seja, para pagamento à vista (não se aceita cheques pré-datados), os custos iniciais, ficariam em torno de 100 bilhões de dólares. No segundo caso, aí sim, com a guerra um pouco mais lenta, o total chegaria a um valor próximo de 1,9 trilhão de dólares.

Assim, uma guerra de curta duração, com a eficácia do poderio bélico dos americanos, considerando os custos com um ano de ocupação do Iraque pelas tropas ianques; e mais os custos de reconstrução do país derrotado; o total das despesas decorrentes custaria aos EUA a bagatela de 491 bilhões dólares. Isso se não houver desperdício de recursos. Não se pode, por exemplo, errar o alvo muitas vezes, como ocorreu no Afeganistão. Não tem desculpa. Bala perdida, em guerra, é prejuízo total.

Já uma guerra prolongada, com cinco anos de ocupação e mais cinco de reconstrução, “custaria US$ 1,47 trilhão aos Estados Unidos e US$ 3,57 trilhões ao resto do mundo”, diz a reportagem, totalizando, portanto, um custo aproximado de US$ 5,04 trilhões de dólares.

Sem contar com as despesas de hospital, gases, gesso, sondas, bolsas de sangue para transfusões, remédios em geral, internações, alimentação, luz, querosene, cigarros, gastos com funerárias, carros blindados e tanques destruídos, aviões bombardeados, enfim, despesas com material e patrimônio, seguros e indenizações, e até hora extra e trabalhos noturnos, de aviação, por exemplo, para reconhecimento.

As projeções foram apresentadas por itens e referem-se aos custos que os EUA irão arcar. Apenas com o aumento esperado do petróleo, a despesa ficaria em torno de 778 bilhões de dólares. Mais US$ 140 com custos militares, referente aos deslocamentos e alimentação. E a coisa vai por aí afora.

Isto é um absurdo. Não se pode mais guerrear hoje em dia. Tudo muito caro. Pela hora da morte. A ONU deveria facilitar as coisas, abrindo crédito para as partes se armarem adequadamente, a fim de que não haja desperdício de recursos.

O Iraque, que é a mais parte mais fraca nesta história, deveria pagar à vista. E pechinchar até o último instante. Quem sabe não ganharia um bom desconto e agilizaria o processo de embate com os Estados Unidos?

Já o governo americano bem que poderia deixar de ser intransigente e parcelar esta guerra a perder de vista. Talvez em mensalidades iguais e de tolerância anual, até que as coisas se ajustem por si mesmas.

Basta pegar toda essa montanha de dinheiro e aplicar no mercado financeiro. Só de juros, daria para matar a fome do exército de miseráveis que sobrevivem neste planeta. E o restante do dinheiro, pouco a pouco, iria sendo aplicado na melhoria da qualidade de vida de nosso planeta. Melhorando o nosso meio-ambiente, tão surrado por nós mesmos. Até porque, dentro de quarenta anos, não haverá mais petróleo. E não haverá razão para esse tipo de guerra.

Quem sabe, agindo assim, voltariam todas as aves, todos os animais e todos os peixes a povoar nosso planeta Terra. E o homem voltaria a respirar melhor, e a sentir o aroma das flores e a navegar e a pescar nas águas cristalinas dos mares e dos rios? E quiçá, ninguém teria tempo ou coragem para derrubar torres de edifícios, ou jogar veneno nos países desafetos?

A paz é o remédio genérico indicado para o combate a guerra. Custa muito mais barato, e produz resultados infinitamente superiores.

Domingos Oliveira Medeiros
15 de março de 2003

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