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Cordel-->NOSSO DIA DAS BRUXAS -- 31/10/2006 - 11:36 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O DIA TUPINIQUIM DAS BRUXAS
(Por domingos oliveira Medeiros)

Terminada as eleições
Deu aquele resultado
Que o presidente esperava
Por ele, tão desejado
Ser presidente, de novo
Apoiado pelo povo
Mais quatro anos sentado

Na mesma cadeira e andar
Do Palácio do Planalto
De onde nada se escuta
Ainda que falem alto
A vista também escurece
E o presidente esquece
Não lembra de sobressalto

Todavia, é preciso
Respeito da oposição
Que não deve banalizar
Toda e qualquer discussão
Oposição responsável
É o caminho viável
Pra encontrar a solução

Não ser golpista de plantão
Interesses passageiros
Serão deixados de lado
Os atos eleitoreiros
Não é conduta decente
Vingar-se do presidente
Só trará mais atoleiros

O caminho não é esse
Ao Brasil só interessa
Paz e desenvolvimento
Tudo com muita pressa
Vamos conferir se carece
Se o crescimento acontece
Ou não passa de promessa

Aliás, que já foram feitas
No seu primeiro mandato
Pelo mesmo presidente
É preciso ser sensato
Aprender com o passado
Ouvir seu eleitorado
A respeito de tal fato

Mais que vestir a camisa
Da seleção brasileira
Jogar com amor ao Brasil
Alçar a sua bandeira
Não se pode abrir mão
De toda investigação
Sobre tanta roubalheira

Crimes pra todos os gostos
Quem causam indignação
Têm que ser apurados
Até a total conclusão
Não se pode, simplesmente
Reeleito o presidente
Esquecer toda a questão

O crime, bastante grave
O crime do tal dossiê
Precisa ser desvendado
Doa em quem isso doer
A origem do dinheiro
É o compromisso primeiro
A população quer saber

Não se pode minimizar
Problema tão relevante
Da condição que se busca
Pro Brasil ir adiante
Seria, a bem da verdade
Prêmio à impunidade
Tão em moda nesse instante

Contrário à reeleição
Que afronta a democracia
E também ´por discordar
Com tanta demagogia
Não votei no reeleito
Mas tenho por ele respeito
Dever de cidadania

Aproveito o momento
Encargo de consciência
Relativo ao dinheiro
Pra resolver a pendência
A origem e o paradeiro
O mentor e o companheiro
Em prol da diligência

Dia 31 de outubro
Excepcionalmente
No Brasil se comemora
Ainda não legalmente
Dia do Saci Pererê
O dia que a gente não vê
Pela invasão indecente

Da cultura americana
Que costuma agir assim
De forma bem contundente
Emplacou o Halloween
No lugar do nosso Saci
No Dia das Bruxas daqui
Dedicado ao Curumim

Ingerência no folclore
Da cultura transplantada
Ocupando nosso espaço
A abóbora furada
A vela dentro e acesa
Pôs as cartas sobre a mesa
Tradição surrupiada

Nem sequer usou o nome
Do jerimum brasileiro
Pra não despertar suspeita
Desse golpe estrangeiro
E ninguém disso reclama
Da postura americana
De mandar no mundo inteiro

Que tem tudo isso a ver
Qual será o elo causal ?
Cabe, agora, explicação
Poder encontrar, afinal
A linha de investigação
Em prol de uma solução
Do ponto de vista moral

E do esclarecimento
Da questão do dossiÊ
Agilizando o processo
Que envolve o Saci Pererê
Que deve ser convocado
Pra depor, dar o recado
Todo mundo quer saber

O moleque é suspeito
De ter também ajudado
A quadrilha de farsantes
Tudo indica que é culpado
Sua fama é conhecida
De conduta atrevida
Assim diz o seu passado

O Saci, pra quem não sabe
Do tempo da escravidão
É bastante conhecido
Com o seu cachimbo na mão
E seu gorro avermelhado
Curumim endiabrado
Segundo certa versão

Viveu por um longo tempo
No cenário criado
Pelo Monteiro Lobato
Onde ficou afamado
Pelas suas travessuras
Pelas suas aventuras
No sítio imaginado

No Picapau Amarelo
Fez de tudo de errado
Mesmo sem ter uma perna
Andava pra todo lado
Atormentando a mente
De toda aquela gente
De caráter sossegado

Era um pouco agressivo
No sítio ele aprontava
Assustava os cachorros
O feijão ele queimava
Abria o galinheiro
Gorava o ovo primeiro
As aves também soltava

Por todas as evidências
Pode ter sido o culpado
Junto com o Halloween
Do dossiê encontrado
Portanto, é mais prudente
E de caráter urgente
Que seja indiciado

Para falar o que sabe
Seja o Saci convocado
Junto com o Halloween
Para ser acareado
Ter o seu sigilo fiscal
Bancário e coisa e tal
Devidamente quebrado

Pra acabar de uma vez
Essa longa investigação
Que se arrasta há muito tempo
Por conta da reeleição
É chegado, pois, o momento
De prestar esclarecimento
À toda a população

De preferência, prendendo
Sanguessuga e Mensaleiro
Pro Brasil andar direito
E quem mais roubou dinheiro
Pôr um fim na impunidade
E trabalhar de verdade
Pro futuro altaneiro

Não podemos perder tempo
Há muito o que se fazer
São reformas e projetos
Que precisam acontecer
Pra que de fato, o presidente
Possa, agora, finalmente
Fazer nosso Brasil crescer

Deixa o homem trabalhar
Disse assim, o eleitorado
Sem abrir mão, todavia
De apurar todo o errado
O exemplo vem de cima
É preciso essa faxina
E prender quem for culpado

Nada em baixo do tapete
O lixo, no lixo, jogado
A governabilidade
Começa pelo reciclado
Separar o joio do trigo
Até para o nosso amigo
Só faz bem, dá resultado
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