Ao sol indagas o real porquê
De teres sido por ele iluminada,
A escolhida para minha amada,
Com alegria que noutra se não vê.
Da lua, que a todos nós encanta,
Queres saber, enfim, qual a razão
De ser-te dada essa inspiração,
A que escrevas com pureza tanta.
Também uma pergunta fazes às estrelas,
Acerca do motivo a que vivas o esplendor
Da mais perfeita e pura forma de amor,
Como se a tal, explicações pudera havê-las.
E, afinal, ao próprio Senhor Deus diriges
Questão que versa sobre a generosidade
Que representa a dádiva da felicidade,
Em proporção tal, que tu até te afliges.
E não obter respostas, afirmas, finalmente,
- Mas te esqueces da motivação imperiosa –
O inconteste fato de seres maravilhosa –
A tantas dúvidas que ocupam tua mente.
Quiseras ter todas elas, assim, esclarecidas:
Para ajudar-te, eis que te aconselho, então,
Por cada uma delas, procura em teu coração,
Nele haverás de vê-las todas respondidas.
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