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Poesias-->O que restou de um poeta -- 11/09/2004 - 16:35 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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Prossegue o seu caminho
Seguindo não sei pra onde
A cabeça em torvelinho
De todos quase se esconde
Voltas a esmo sem rumo
Retorna ao mesmo lugar
Sem equilíbrio sem prumo
Não sabe onde vai chegar
Será sua atual morada
Um duro banco da praça
Ou talvez uma calçada
Sua vida perdeu a graça
Era esta a impressão
Que ele a todos dava
Sem forças pés no chão
O corpo quase arrastava
Que tamanho desengano
Te deixou com tão pouco
Sei que pareces insano
Mas ainda não estás louco
Teu semblante é carregado
Tiveste alguma decepção
Te sentes abandonado
Teu problema é solidão
Tens muito ainda a sonhar
Procura te recompor
Ainda podes te curar
Se o teu for mal de amor
Dos teus sonhos não desista
Vai à luta levanta a cabeça
Haverá sempre terra à vista
Por mais difícil que pareça
Não conheço tua identidade
Não sei teu nome batismal
Nem qual é tua verdade
Quem és tu afinal?
O que eu sou já não sei
O que serei é coisa incerta
O que lembro e te direi
É que um dia fui poeta |
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