Venha a mim como mar revolto,
no vai-e-vem das ondas do cais,
deixa-me, ora tenso, ora solto,
faz das águas o meu envolto,
e estatela-te em meus estais.
Inunda-me de popa à proa,
permeia-te por todo convés,
tal como a forte garoa
molhando a pequena canoa,
que vaga ao sabor das marés.
RSanchez
09/09/04
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