Inspirado na amálgama opinante que se coloca sobre o actual concurso televisivo da RTP - OS GRANDES PORTUGUESES - algo por onde já a USINA DE LETRAS, felizmente, perpassou: da confusão nasce a luz:
E NADA SEI DE REPENTE...
Sem saber nada, aprendi
tão pouco, mas de repente,
dei um salto e agora aqui
sei mais do que toda a gente...
Ó como é deprimente
tão convicta inverdade:
ser alguém que tudo sabe,
sem solução, pobre agente...
Pelo efeito evidente,
com tanto saber assim,
do princípio chego ao fim
e nada sei de repente...
Quem humilha, inconsciente,
o pouco saber de outrem,
presume que vai em frente
e mantém-se sempre aquém.
António Torre da Guia |