Permita-me José Virgolino,
Da sua "A Feiosa" falar,
Ela apareceu por aqui
Quis até me namorar,
Mas era tão horrorosa
Mandei então lhe procurar!
Nessa época ela estava
Até mostrando a coxa
Tinha um cara vendendo fumo
Ela com alho, com voz frouxa
O cara atrás gritava:Fumo grosso!,
E ela:- Áio da cabeça roxa!
Por falta de emprego certo
Muita gente tá se virando,
Aí mesmo, numa feira eu vi
Um homem rouco falando:
- Olha...ovo e uva boa!!!!
De uma velha,acabou apanhando!
Um sujeito por aqui
Um dinheirinho arrumou,
Comprou dois ônibus velhos
E com um amigo comentou:
Vamos fazer uma sociedade
E o outro logo topou.
O trajeto que seria feito
Das montanhas para o litoral,
Um disse:-O meu é UPA, o seu,CUPA,
Vamos fazer tudo legal,
O meu UPA sobe, o seu CUPA desce
O outro disse:-Tô fora, marginal.
Agora, falando francamente,
Todo ano vejo, no verão,
Pessoas vendendo picolé,
Sorvete, suco, empadão...
Cada um vendendo algo
Pra ganhar o seu pão.
Semana passada fui à praia
Vi dois homens trabalhando,
Vendendo sorvete conhecido
O pessoal todo comprando,
E pela areia mais seca
O carrinho um ia empurrando.
De longe as pessoas viam
Eles gritando, todos sentiam,
Em alto e claro som,
Um, o carrinho empurrando,
O outro na frente andando
Naquele sol de torrar cristão,
Enquanto um com força empurrava
O da frente só gritava:
- Kibom! Kibom! Kibom!!!