Namorei uma coisa feia,
Feia mesmo de dar dó,
Quando ela abria as pernas
Não tinha jeito, o cipó
Murchava e não subia,
Nunca vi coisa pior.
Até o nome da peste
Soava mal, era horrível,
Felismina do Caroço,
Vejam que coisa terrível,
Faltava uma banda da bunda
E tinha um barrigão incrível.
Um peito era pra cima,
O outro era pra baixo,
Pra fugir dela corri
Pra me esconder embaixo
Da cama, mas ela grunia:
“É aí que lhe encaixo”.
Roncando como uma porca,
O corpo desengonçado,
Sem fôlego ela me deixava,
Queria sair, mas imprensado
Agüentava aquele monstro
Em cima de mim deitado.
Durante o seu remexido
Tinha algo de esquisito,
O rebolado era estranho,
Nada entrava na maldita,
Até que enfim descobri,
Era vedada a periquita.
Nunca tinha sido usada,
O lascão enferrujou,
Um beiço colou no outro
E a periquita se fechou,
Nem com martelo e escopo
O cabaço destampou.
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