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Cordel-->Um Parênteses em Face do Momento -- 16/10/2006 - 21:05 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A CARTILHA DO ELEITOR
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

A bagunça é geral. O povo anda sofrendo. A palhaçada é total. Carnaval fora de época. No Congresso Nacional. Apesar de tudo isso. De tanta indignação. Pela falta de decoro. Pela dança no salão. A hora se aproxima. A hora de dar o troco. Vem chegando a eleição. A voz do povo engasgada. Pelo mal de que foi vítima. A voz do povo embargada. A voz ainda é de Deus. Há chance de consertar. A pizza com marmelada. Feita na Casa do povo. Escondida na cozinha. Não se sabe, na verdade. O que a pizza continha. O seu gosto foi amargo. Não convenceu muita gente. Parece coisa arrumada. Cozinheiro negligente. De forma vil, indecente, usou farinha estragada. Para salvar companheiros. Muita gente investigada. Muito dinheiro sumido. Muita mentira contada. A roubalheira aprovada. Nada disso faz sentido. Um a zero a hipocrisia. Vai ganhando a impunidade. O descaso com o povo. Ruim para o Congresso. Ruim para a democracia. Mas ainda temos tempo. O voto é nossa arma. A bala engatilhada. Será a instância final. O alvo, o descalabro. O tiro será fatal. A ética de volta pra casa. Pro Congresso Nacional.


Não anule o seu voto. Preste atenção no que digo. Votando dessa maneira, abrimos mão da peneira, em favor do inimigo. E correremos o risco. De tudo ficar pior. Ou seja, do mesmo jeito. A farra escandalosa, cantada em verso e prosa. Rimando hipocrisia. Com interesses escusos. Com desmandos e abusos. Tudo a mesma porcaria. A hora é de limpeza. Dar combate a infecção. Eliminar o micróbio. Desse momento ignóbil. Da sujeira do mensalão. Aprendendo com a cartilha. A fazer a coisa certa. O nosso dever de casa. A mais importante lição. Com afinco, e com cuidado. Evitar o voto errado. Nessa próxima eleição. Passar de ano eletivo. Sem ficar, de novo, cativo. De tanta corrupção.

Não vote em João ou José. Genuíno ou original. Genérico ou similar. Luiz, então, nem pensar! Não sabe, não soube, não viu. Cego, surdo ou se omitiu? Seguro morreu de velho. Errar de novo é tolice. Não repita a mesmice. Não vote em quem disse e desdisse. Prometeu e não cumpriu.

Não vote em quem tem amigos, supostamente envolvidos, em escândalos repetidos. Caixa Dois e Mensalão. Saque na boca do caixa. Dinheiro em banco privado. Dinheiro sujo e lavado. Licitação fraudulenta. Suspeitos, até agora. Sem qualquer explicação. Alguns até foram embora. Colocaram o boné. Antes da apuração. Outros ficaram calados. Durante a apuração. Procuraram o Supremo. Para sua proteção. Não vote nessa gente. Quem cala, por certo, consente. Não vote em quem se disse amigo. De gente que agente sabe. Não fala a verdade, só mente. Enquanto não se esclarece. Os fatos são evidentes. Não vote em quem tem amigo. De nome Marcos Valério. Waldomiro ou Delúbio. Militante ou tesoureiro. Presidente de partido. Empresário ou doleiro. Professor licenciado. Do governo, afastado. Ou amigo de bicheiro. Não vote em quem foi flagrado. Fazendo o jogo errado. E recebendo propina. Na fita ficou gravado. Dando depois a desculpa. Que foi dinheiro emprestado. Para ajudar um amigo. Já morto e bem enterrado.

Cuidado com outros nomes. Preste bastante atenção. Principalmente o Antônio. O czar da economia. Nosso médico de plantão. Para sua segurança. Procure saber, primeiro. Como ficou a questão. Do Francenildo, o caseiro. Que teve seu nome jogado. Na lama, no atoleiro. Seu sigilo arrombado. Ainda bem que o feitiço. Virou contra o feiticeiro. Vamos aguardar primeiro. A polícia desvendar. O mandante, quem seria. Desse crime hediondo. Que atenta contra a ordem. E contra a democracia. Mas se de todo a oferta. Não atender seu desejo. Não fuja dessa contenda. Encare o problema de frente. Use para certos casos. O tal Voto de Legenda. Vote só no Partido. Registre seu número e confirme. Aquele mais conveniente. Que julgar mais coerente. Que não esteja envolvido. Em escândalo recente. Que não abrigue mentirosos. Omissos, indiferentes. Que riem da cara da gente. Que preferem ficar calados. Gente já comprometida. Senadores ou deputados. Todos já denunciados. Depois de investigados. E que continuam dizendo. Que nunca viram ou souberam. Da roubalheira escandalosa. Contada em verso e prosa. Intriga da oposição. Mentira eleitoreira. Caixa dois e mensalão. Ambulância sorrateira. Sanguessuga de plantão. Recursos não contabilizados. Dinheiro no cuecão. Falou, disse, está falado. Pesquisa de opinião. Se a eleição fosse hoje. Já se sabe, venceria. O milagre do crescimento. Da bolha da economia. Da cota do orçamento. Que supostamente garante. A sonhada maioria. Para aprovar as reformas. Que prometeram, um dia. Emprego,. salário e renda. Educação e moradia. Combate à violência. Saúde e muita fartura. Comida multiplicada por três. Tudo agora resolvido. Pelo tal do Bolsa Família. Milagre que foi conseguido. A preço da banana. Oitenta reais por mês. Não é tudo, mas engana.

E depois de tanto aviso. Ainda restou um pouco. De eleitor indeciso. Ou então comprometido. Que teve lá seu motivo. Que a gente cabe aceitar. Um ou outro mensaleiro. Sanguessuga confirmado. Voltou a ser deputado. Réu confesso, investigado. Que fugiu do julgamento. Desistiu do Parlamento. Para não ser condenado. Mas o erro é do processo. As normas assim permitem. Até serem alteradas. E neste segundo tempo. É votar com mais cuidado. Pra começar, minha gente. Tem gente de todo lado. Que hoje volta com tudo. Para atuar no Senado. Gente com experiência. Que já sofreu um bocado. E gente bastante alegre. Eleito por simpatia. Bem vestido e elegante. Esbanjando alegria. Gente pra lá de contente. Estilista de primeira. Um dia vai ser presidente. E pelo menos, na roupa. Vai melhorar de montão. O plenário da alta costura. Desfilando no salão. E o Brasil será conhecido. Na Europa e no Japão. Enquanto o eleitorado. Ficará do mesmo jeito. De muitos anos atrás. Com os nossos pés descalços. Minha gente, não se iluda. A coisa persiste e não muda. Para os descamisados.

A menos que desta vez. Com o jogo prorrogado. Resolva a maioria. Dar uma chance ao Geraldo. Que nunca foi presidente. E, portanto.minha gente. Apesar de ser um tucano. Fica mais do que evidente. Não pode ser culpado. Pelos erros do Fernando. O LULA até gostaria. E por isso vem lutando. Mas a verdade é outra. Não se governa pro passado. Tem-se que olhar pra frente. O futuro como meta. Começa já, no presente. Pra isso ele foi eleito. O atual presidente. Se há erros, que assuma. Investigue e corrija. Fernando não é Geraldo. E não me chamo Raimundo. O discurso está manjado. A culpa nunca é sua. Qualquer erro apontado. É sempre depositado. Ou na conta do passado. Ou em algum companheiro. Presidente ou Tesoureiro. Do partido que o elegeu. Ou então de um aliado. E quando a coisa pega. Antecipa o resultado. E diz que não sabe de nada. Que se passa ao seu lado. Afinal, para que a reeleição? Se o candidato-presidente. Não assume a liderança. Planta a desconfiança. De que nada mudará. Caso seja reeleito. Que podemos esperar? Discursos e mais discursos. Promessas de crescimento. Fome zero e muito emprego. Saúde e educação. Muita investigação. CPI pra todo lado. Dossiês na contramão. Estradas esburacadas. Crescimento sustentado. PIB muito encolhido. Economia de mercado. Inflação sob controle. Juros altos nas estrelas. Inflação bem pequenina. São os olhos da menina. Muito trabalho na rua. Pra Policia Federal. Até que o jardineiro. Mate a cobra e mostre o pau.








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