Amor de mãe
Madrugada alta...
Em uma última ronda pela casa, paro ao lado da cama dos meus filhos. Ajeito o cobertor de um, o travesseiro do outro... e namoro a cena: os dois sapecas dormem com expressão serena. Sorrio levemente, recordando as peraltices do dia... Tanta energia... Tanta magia...
Vê-los, assim, confortáveis, seguros e saudáveis, revigora-me. São tão amados... São o meu alento.
Constato a todo tempo que, com eles, mais aprendo do que ensino, em uma dinâmica amorosa perfeita e constante. E nesse exato instante elevo meu pensamento aos céus e agradeço. São lindos. Perfeitos. Benção maior que a que mereço.
Tento não pensar no mundo, no futuro e nos dissabores que os esperam. Com exemplos, confidências, paciência e muito amor, os prepararei para o que for.
No momento estão aqui, sob minha guarda. Sou o seu lenitivo, alívio para qualquer dor.
Afasto-me silenciosamente, levando no peito e na mente um amor imensurável.
Amor, creio, que toda mãe sente.
Rose Oliveira
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