Caro Ayram Ribeiro
Poeta macho, baiano,
Eu li todo o drama
Dêsse moço interiorano,
Em parte tinha razão
Não tirar o seu pano.
Ayram, agora vou deixar
Você com Dr. Pedróca
Aquele Dr. que cura
Com a força da mandioca,
Quando o negócio tá feio
Ele passa até a broca!
- Alôôôô,alô, Senhor Ayram,
O Pedrinho já me falou
Sou o Dr. Pedroca
Aquele que muito operou,
Bem formado em Bóstão
Em Tchicágo também passou.
Seu amigo tá muito certo
Da dedada ter levado
Não fôsse o dedo rodopiante
Estaria até desenganado,
É melhor ainda estar vivo
Só com o fi-o-fó machucado.
Sobre a questão mandiocal
Que o Pedrinho sempre fala,
É porque um primo dele
Que gosta de "chupar bala"
Na primeira dedada gamou
Botei-o pra fora da sala!
Enfiei o meu indicador
Pra fazer o exame direito,
Mas o danado do velho
Ficou rebolando no leito,
Eu descobri que era bicha
E que não tinha mais jeito!
Marquei um novo exame
Pra daí uns seis meses,
O paciente voltou logo
Numa semana, duas vezes,
Aí, usei a mandioca
Junto com o Dr. Menezes.
Êsse amigo ou conhecido
Que teve êsse problema,
Devia mesmo fazer o exame
Obedecendo a sua "pequena",
Aquela doença tão terrível
Podia ser coisa mais amena.
Aconselho todos os leitores
Idade superior a quarenta,
Vão logo fazer o exame
É coisa que se aguenta,
Tudo é bem cuidadoso
A "prega" não se arrebenta.
Sobre o cuecão de couro
Eu não vejo precisão,
O sujeito levar a dedada
E ficar logo gamadão,
É porque têm uma demência
Ou até já é uma tendência
Camuflada até então!
Se o homem foi examinado
E depois disso gostou,
Se não for um vermezinho
Que no seu ânus coçou,
Aí não tem mesmo apelação
Porque foi com "Eva e Adão"
Que o nosso mundo começou!