Escravo é o que sou
deste velho corpo denso
que cerceia o meu vôo
e aprisiona minh alma.
Queria poder pôr o sol
quando bem entendesse,
e conhecer as mil noites
dos quatro cantos da terra,
todas elas no mesmo dia.
Poder vigiar o tempo do alto,
assistir tempestades de longe
e mergulhar em suas bonanças.
E em meio a este delírio
paro e descubro...
... sim, eu posso voar!
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