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Contos-->RJ010 – BenéEvangé – 06/10/03 -- 15/11/2003 - 06:52 (Carlos Alcino Valadão Lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enquanto isso, no Riacho do JáNãoRio, precisamente no Morro do Beleléu ...

- Tia Bené, Oh! Tia Bené !
- Que-qui-é, muleque ? Ôxe, que essi muleque é meu “calo”!
- Soi eu, Tia Bené, o Lulinha.
- Que-qui-ocê qué, ô chato ?
- Vim saber se a senhora já voltou da viagem ?
- Qui viagem, muleque ? eu nun fiz viage ninhuma!
- Como não fez ? a senhora não foi a Argentina pra uma reunião de crentes ?
- Qui Agentinha ? Qui viagem ? Qui crente ?
- Tia Bené, não adianta negar, pois está em todos os jornais
- Isto é intriga da oposição. Eu nem saí de casa esses dias. Taí o tio Ditanga qui num me deixa minti. Pergunta, se eu não tava com ele a semana toda.
- Claro que tava. Ele viajou junto com a senhora ...
- O muleque chato, vai atazaná outro, que eu tenho muito o qui fazê ...
- Isto tem mesmo. Tem que arranjar uma boa desculpa pro pessoal do Morro e da Associação de MauOdores. O Antônimo Molequinho, presidente da Escola de Samba Pau Eneó Brazil “, tá querendo falar com a senhora, à respeito da grana que a senhora pegou pra comprar os “panos” da Ala das Baianas
- Gastei tudo com as passage, nun deu nem pra comprar o material!
- Mas como não deu ? A dona RoxinhaMulequinho, disse que liberou uma verba extra, pra senhora representar a Associação de MauOdores, no encontro Municipal das Diretoras-Sociais, no centro da cidade, na Buenos Aires.
- Pois foi dessi jeitinho qui ela falou e dessi jeitinho que eu fiz
- Então como é que o dinheiro não deu ?
- Num deu pruque num deu. A passage é muito cara.
- E desde quando passagem de ônibus é tão cara assim que utilizou todo o dinheiro ?
- Qui ônbus, o muleque ? Quem disse que eu fui de ônbus ? Eu fui de vinhão!
- De avião ? Pra rua Buenos Aires ?
- Então nun é ? Ô muleque tu num sabe nada. Tu é metido a “sabão só-bichão”, mas tu é muito do burrinho, tá ?
- Não tá não. Eu sou muito estudioso e sei das coisas.
- Sabe nada. Quem sabe tudo é meu marido, o tio Ditanga. Foi ele qui mi insinou direitinho. Cheguei pra ele e preguntei: “o Ditanga, tu conhece uma tal de Bons Ares ?”. Ele falou: “Claro é a capitá da Agentinha. Aí eu falei: “e cumu-é qui agente chega lá ?”. Ai ele me explicô direitin: “Tu vai no Aeroperto do Galinhão e pega um vinhão”. Foi o qui eu fiz.
- Mas não era nada disso. Era pra ir na Rua Buenos Aires e não na capital da Argentina.
- Então o erro foi deles que num explica direitin, feito o Ditanga. Eu sou uma pessoa “curta”, diplomada na FARCuidade da COLA - Ciências Ocultas e Letras Apagadas e não sei conversar com Zé-povin analfaberto.
- E a senhora não notou que tinha alguma coisa errada ?
- A issu eu notei, pruque eu nun sou burra. Eu instranhei logo aquela língua enrolada, mas no início eu pensei qui tava tudo bebo
- E porque que não se mancou e veio logo embora ?
- Pruque aí eu mi lembrei que, um tempo atrás, recebi o convite para um Encontro Evangélico na cidade e aproveitei que já tava lá, e fui, mas só pra não perder a viage.
- Mas Tia Bené !
- Qui-que-foi, muleque ? Eu trabalhei também, viu. Lavei umas louça, umas muda de roupa, só pra pagar, com meu dinheiro, o hotel
- Então por que é que a Gerente do Hotel mandou uma conta enorme pra dona Roxinhapagar, dizendo que a senhora esqueceu. Na certa quando saiu pelos fundos, justo na hora do Culto. A dona também é crente?
- Crente nada. Se ela fosse crente não me dedurava. Purisso que eu detesto Agentinho. É tudo traidô. Cadê aquela foto do Maradona que eu vou queimá até virar “pó”. Ih! Dei mancada.
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