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Poesias-->Pergunta de uma criança sobre eleição -- 22/08/2004 - 10:39 (Airam Ribeiro) |
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Pergunta de uma criança sobre eleição
Um dia uma criança me parou
Quis saber o que era eleição
Pediu que respondesse, por favor,
E que eu fizesse uma explanação
Fiz uma pausa e logo sem demora
Respondi-lhe na mesma hora
Com carinho e dedicação.
Falei que eleição é coisa séria
E que está na constituição
Que é a escolha de um representante
Do município, do Estado e da Nação
Disse que isso era democracia
Que o eleitor em algum dia
Daria o voto e que era sua função.
É nos comícios de palanques
Que fazemos a observação
Dos candidatos sinceros
Que trás um plano na mão
De como vai governar
Na maneira dele expressar
E expor esta questão.
Olhar bem o candidato
E observar direito
Se na cidade onde mora
Pelos outros tem respeito
Se tiver a moral ilibada
E se ele tem morada
Para ser um bom prefeito.
Se é uma pessoa solidária
Junto à comunidade
Ou se faz o contrário
Do que precisa a cidade
Analise bem direito
Se o candidato é perfeito
E se tem maturidade.
Notei que a criança
Prestava muita atenção
Em tudo que eu dizia
Fazendo gesto com a mão
Perguntei sem demagogia
Do que ele sabia
O que vinha a ser cidadão.
Ele me disse sincero
Por eu ter lhe provocado
Mas sem pestanejar
E respondendo educado
Com o falar perfeito
É o individuo no gozo do direito
Civil e político de um Estado.
Ele então me perguntou
Também sem demagogia
Se eu respondia a ele
O que era cidadania
É a qualidade do cidadão
Falo-lhe de coração
Para te dar alegria.
E ele entusiasmado
Por eu lhe dar atenção
Quis saber ainda mais
Para sua observação
Pela sua pequena idade
Perguntou sobre dignidade
Que deve ter o cidadão.
Mesmo sem uma autoridade
Tendo moral e franqueza
Sendo um respeitador
Tendo o cargo de nobreza
Exerce-se bem sua função
Digo que este é cidadão
E é digno com certeza.
Ser honrado e educado
Com a sua comunidade
Respeitando as pessoas
Sem nenhuma falsidade
Fazer bem ao cidadão
Eu digo de ante mão
Isso é que é dignidade.
Todos temos o direito
De acordo a democracia
Ir e vir, ter liberdade
Para nossa alegria
Somos um país democrático
De um povo feliz e simpático
Bem longe da anarquia.
Somos democráticos
Mas temos escravidão
Já está fora de ética
Dizer que é livre o povão
Ser forçado a votar
Num candidato que está
Com toda perseguição.
Com o povo que nos cerca
Devemos ser solidários
Com respeito e justiça
Não deve ser o contrário
Na eleição é que se mostra
O quanto o eleitor gosta
De candidato extraordinário.
Se a pessoa é sorridente
No seu cotidiano
Dedica-se a família
Entre ano e sai ano
Esse é um bom candidato
Merece o voto de fato
Com esse eu não engano.
Se o cara nunca te viu
E de repente abre os dentes
Cuidado que este é falso
Seu sorriso foi no repente
Está de olho no voto seu
Este não mereceu
A confiança da gente.
Está querendo só o emprego
Nada fará pra cidade
Qualquer barganha aceita
Quer viver da falsidade
Foge desse forasteiro
Que só vai pelo dinheiro
Esse não tem dignidade.
É na eleição que a gente
Exerce a cidadania
Votando em quem é capaz
Para exercer a democracia
Esta é a função
De quem está na eleição
E 3 de outubro é o dia.
Não pode ser intimidado
A quem vota consciente
Ele não aceita barganha
Quando é um inteligente
Se o candidato barganha
Ele não terá vergonha
Pra roubar de sua gente
O poder é coisa seria
Tem gente que não agüenta
Para chegar a prefeitura
Toda artimanha inventa
Para obter este poder
Eu digo e pode crer
Que qualquer coisa ele tenta.
O menino me agradeceu
Por ter lhe dado atenção
Saiu com o seu caderninho
Onde fez a anotação
E para o papo ter fim
Ele me disse assim
Já sei o que é eleição.
Airam Ribeiro
20/08/04
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