Aversão (*)
Não aprecio o álcool ilusório,
Que embriaga, desatina e só maltrata.
Seu poder destruidor de psicopata
Sustenta muitos como um suspensório.
Vendido a todos em qualquer empório,
Promove estripulias em cascata.;
Somente o mundo de ilusão retrata,
Transforma célere o ser mais simplório.
Luto contra o seu uso sem reserva.
Tento evitar a dor da juventude,
Que afeta, engana, arma, corrompe e enerva.
No seu combate, que Deus mais me ajude!
Porque alimenta dependência eterna,
Faz mal horrível e liquida a saúde.
____________
(*) "Grandes Talentos", volume 4, 1ª edição, Rio de Janeiro, Litteris Editora, 1995, página 16. |