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Infantil-->A zelosa Else - Lenda dos Grimm -- 18/10/2002 - 06:48 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fábulas selecionadas de Esopo (LXXII)- Zeus e o camelo

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A zelosa Else
Era um homem que tinha uma filha chamada de a zelosa Else. Quando chegou à idade adulta, disse o pai:
— Nós queremos deixá-la casar.
— Sim, disse a mãe, "mas, somente quando vier um que queira desposá-la."
Finalmente, veio um de muito longe, chamado Hans, e ficou caído por ela, porém impôs a condição de que a diligente Else fosse também bastante sábia.
— Oh, o pai falou, "ela tem tutano na cabeça."
E a mãe disse:
— Oh, ela vê o vento que corre no caminho e ouve a tosse de moscas.
— É mesmo? exclamou Hans, "Se ela não for bastante sábia, não me caso com ela".
Quando já tinham se assentado à mesa para comer, disse a mãe:
— Else, vá ao porão e apanhe cerveja.
Então, a zelosa Else apanhou o jarro da parede, e foi a caminho do porão, dando sinais de que não demoraria muito. Quando já estava lá embaixo, apanhou uma cadeirinha e colocou-a frente ao barril, de forma que não precisasse de se ajoelhar e não lhe doessem as costas, além de prevenir-se contra um inesperado acidente. Então, ela firmou o jarro com os pés e abriu a torneira; e, durante o tempo em que a cerveja jorrava, ela não quis deixar que seus olhos permanecessem parados e, depois de olhar minuciosamente, pra lá e pra cá, acima da parede, ela viu uma picareta bem próxima da sua cabeça, a qual os pedreiros tinham esquecido por ali. Então, a astuta Else começou a chorar e pensou:
— Se eu me casar com Hans, e nós tivermos uma criança, e esta crescer, e se nós a enviarmos ao porão, a fim de apanhar cerveja, a picareta pode cair sobre a sua cabeça e matá-la.
Assim, ela permaneceu ali, chorando a mais não poder, pensando no agourado acidente. Lá em cima, eles esperavam assentados pela bebida, mas, nada de a inteligente Else chegar. Então, a mulher falou com a empregada:
— Desça ao porão e veja onde está Else.
A empregada foi e achou-a, assentada frente ao barril, chorando copiosamente.
— Else, o que faz você chorar? Perguntou a empregada .
— Oh, ela respondeu, "então, não devo chorar? Se eu me casar com Hans, e nós tivermos uma criança e esta crescer, e se nós a enviarmos ao porão para apanhar cerveja, a picareta pode cair sobre sua cabeça e matá-la."
Então, a empregada disse:
— Oh, ai de nós, se não fosse a zelosa Else!
Assentou-se perto dela e, também, começou a chorar. Depois de um tempo, como a empregada não voltava, e eles, lá em cima, já estavam sedentos pela bebida, o homem chamou o servo e disse-lhe:
— Desça ao porão e veja onde estão, Else e a empregada.
O servo desceu e viu a inteligente Else e a empregada, ambas chorando. Então, ele perguntou:
"O que faz vocês chorarem?"
— Oh, disse Else, "então, não devo chorar? Se eu me casar com Hans, e nós tivermos uma criança, e esta crescer, e se nós a enviarmos ao porão para apanhar cerveja, a picareta pode cair sobre sua cabeça e matá-la."
Então, disse o servo:
— Oh, ai de nós, se não fosse a zelosa Else!
Assentou-se junto a ela e começou, também, a chorar demais. Lá em cima esperavam pelo servo, mas, como ele nunca chegava, o homem falou com a mulher:
— Desça ao porão e veja se você descobre onde estão Else e os demais."
A mulher desceu e encontrou todos os três chorando, e perguntou qual era a causa, tendo Else também lhe dito que sua futura criança, com certeza, seria atingida pela picareta e morreria, se tivesse crescido bastante, e fosse enviada para tirar cerveja e a picareta caísse. Então, a mãe falou igualmente:
— Oh, ai de nós, se não fosse a zelosa Else!
Assentou-se junto a ela e começou a chorar. O homem esperou mais um pouco lá em cima, mas, como sua mulher não voltava e sua sede aumentava, ele pensou:
— Eu mesmo devo ir ao porão e ver onde estão Else e os outros.
Mas, quando ele chegou ao porão, vendo todos assentados e chorando juntos, e sabendo que a causa seria a criança de Else que, se um dia viesse ao mundo, poderia morrer de picaretada, enquanto estivesse apanhando cerveja, se a picareta caísse sobre ela. Então, ele exclamou:
— Oh, ai de nós, se não fosse a zelosa Else!
Assentou-se e, também, chorou junto a eles. O noivo permanecia lá em cima; considerando que ninguém quis voltar, ele pensou:
— Eles estão esperando por você lá embaixo; você, também, deve ir lá e ver o que eles pretendem.
Quando ele chegou lá embaixo, vendo os cinco chorarem alto e lamentando terrivelmente, um sempre mais do que o outro, perguntou:
— Que desgraça aconteceu aqui?"
— Oh, querido Hans, disse Else, "quando nós nos casarmos e tivermos uma criança, e ela crescer, e se talvez nós a enviarmos para cá a fim de apanhar cerveja, e cair sobre ela aquela picareta que está lá em cima, se ela cair, vai bater em sua cabeça, que estará logo abaixo. Então, não devemos chorar?"
— Agora, disse Hans, "mais juízo do que este para zelar por minha casa não é necessário: como você é mesmo uma Else sábia, devo desposá-la".
Tomou-a pela mão, levou-a para cima e realizou seu casamento com ela.

Quando já havia algum tempo que estavam juntos, ele disse:
— Mulher, eu quero sair para trabalha e ganhar algum dinheiro para nós; vá ao campo e corte os grãos para que tenhamos pão.
— Sim, meu querido Hans, farei isso.
Depois que Hans partiu, ela cozinhou um bom mingau de aveia e o levou consigo para o campo. Quando ela chegou ao campo, ela pensou consigo mesma:
— O que faço? Corto primeiro, ou como primeiro? Hum, quero comer primeiro.
Assim, ela pegou sua panela com o mingau de aveia, e quando ficou bem satisfeita, ela pensou novamente:
— O que faço eu? Corto primeiro, ou durmo primeiro? Ahn, eu quero dormir primeiro.
Então, ela se deitou sobre os grãos e dormiu. Hans já estava em casa há bastante tempo, mas Else não voltava. Então, ele pensou:
— Sorte minha ter a inteligente Else, ela é tão trabalhadora que não vem em casa nem para comer.
Porém, já que ela não vinha e, como a noite já estava chegando, Hans saiu e quis ver o quanto ela já tinha cortado. Mas, nada tinha sido cortado, e ela permanecia deitada sobre os grãos e dormia. Então, Hans voltou rápido para casa e pegou uma fieira com pequenos sinos, e pendurou-a ao redor dela; e ela dormia cada vez mais.
Depois disso ele correu para casa, fechou a porta principal e assentou-se em sua cadeira de trabalho. Finalmente, quando já estava bastante escuro, a matreira Else acordou, e quando se levantou, os guizos chocalhavam ao redor dela a cada passo. Então, ela se assustou, ficou irada, pois, ela era Else, a sábia, e pensou:
— Sou eu, ou não sou?
Porém, ela não sabia o que deveria responder, e permaneceu um bom tempo em dúvida. Finalmente, ela pensou:
— Eu quero ir para casa e quero perguntar, se eu sou eu, ou se não sou eu, lá eles sabem.
Ela correu até à porta da sua casa, mas ela estava fechada. Então, ela bateu à janela e chamou:
— Hans, Else está aí dentro?
— Sim, respondeu Hans, "ela está aqui dentro."
Foi quando ela se assustou, e disse:
— Oh Deus, então, eu não sou eu.
E foi para a frente de uma outra porta; mas, como as pessoas ouviram o chocalhar dos sinos, eles não quiseram abrir para ela e, assim, não foi recebida por ninguém. Então, ela correu pela aldeia afora, e ninguém a viu novamente.
***

Fonte: www.udoklinger.









































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