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Contos-->ODISSEIA SEXUAL PRIMITIVA -- 13/11/2003 - 13:16 (Felipe de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Tão cedo e o sol já nos açoita com violência. Um dia completo se estende a minha frente. Não tenho compromissos, encontros ou coragem. Visto-me devagar. Não tenho pressa. Tomo o café. Coloco os óculos escuro e parto na direção do ônibus. Gosto de andar de ônibus, existe quase sempre uma energia positiva incógnita que cria um clima de cumplicidade entre as pessoas. Somos de uma certa maneira cúmplices : temos o mesmo itinerário, estamos todos próximos, silenciosos, olhos fixos na paisagem habitual, vista e revista milhares de vezes.

Admiro algumas mulheres : poderia penetrar na vida de algumas delas e até mesmo ser feliz. Gosto de criar histórias de amor com mulheres desconhecidas que cruzo nos coletivos. Num instante breve imagino que sou amante ou amigo de algumas delas e que poderei desnudar todos estes corpos sem nenhuma resistência. Imagino prazerosamente o que se esconde por debaixo desses vestidos coloridos.

As belas frases de Fred Uhlman rodopiam na minha cabeça : “A beleza depende da voz, da expressão, do riso, do sorriso, da luminosidade, dos movimentos do corpo, dessas pequenas coisas que não podem ser explicadas, qualquer coisa que torna irresistível uma mulher que não é particularmente bela. Eu me lembro de está sentado num ônibus, em frente de uma mulher feia, ora, essa mulher me deixou completamente excitado. Muito mais do que qualquer outra mulher que eu havia encontrado e eu tinha tido a ocasião de ter conhecido algumas belas mulheres desta terra. Ela desperta em mim um desejo alucinante. Essa mulher me persegue nos meus sonhos. Eu imaginava suas belas nádegas sob o seu vestido apertado.”

Acordei com a sensação de que o mundo iria se acabar em poucas horas e essa idéia me alegrava plenamente. Recolhi lentamente todos os utensílios culinários e segui meio cambaleante em direção da cozinha coletiva. Eu estava contente como uma criança e nada neste mundo parecia inútil ou fora de propósito.

A porta da cozinha se abre e, como por milagre, aparece uma mulher. Ela trazia nas mãos uma pequena panela. Trocamos um breve olhar e ouço sair da sua boca um tímido : bom-dia. Olhei-a com mais atenção e imediatamente gostei do seu jeito : magra, cabelos curtos, olhos azuis reluzentes, meiga e usava um vestido preto, meio gasto, mas apertado e sensual. Tentei iniciar uma conversa, mas as palavras teimosamente não obedeciam. Ela não entende muito bem os meus murmúrios e olha-me assustada com os seus olhos azuis de dragão. Uma frase fica incrustada dentro da minha cabeça : “O amor são estes olhares malditos na minha direção.” Os seus olhos azuis de dragão diziam tudo.

Perdi a cabeça naquele momento. Ela era sexo puro. Algo que nunca tinha visto ou imaginado. Ela transpirava sexo e luxúria e naquele momento eu tinha o total direito de possuí-la. Não desejava fazer somente um sexo rápido e mal feito, nada disso, era algo diabólico que perambulava no meu interior. Tentei avançar na sua direção, ela receiosa, encosta-se na parede, numa tentativa de defesa. Sinto que ela tem medo e implora através de olhares e simples gestos que não a toque. Eu só tenho um pensamento : essa mulher tem que ser minha. Se preciso, eu a mataria ali mesmo, para possuí-la. Precisava dela com todas as minhas forças e emoções primitivas.

Peguei-a bruscamente pelo braço direito e a empurrei próximo a cesta de lixo. Ela ficou aterrorizada e soltou um grito de medo. Foi um grito surdo, abafado, quase inaudível. Desenquilibrei-a um pouco e ameaçamos cair por cima da cesta de lixo. Quando ela ameaçou gritar realmente, tapei-lhe a boca com um beijo violento, ela debateu-se apavorada e tentou a todo custo se livrar dos meus instintos selvagens e das minhas carícias. Toda aquela encenação me excitava ainda mais. Quanto mais ela tentava fugir dos meus beijos e abraços, mais eu a prendia junto a mim e a afogava com as minhas carícias. Eram beijos que nunca tinha ofertado a nenhuma outra mulher. Empurrei-a contra a parede e notei que seus olhos transportavam somente medo e surpresa. Sua mão esquerda ainda tentou alcançar a maçaneta da porta, foi um gesto inútil, tranquei a porta com força e ficamos sós. Sós neste universo que fedia a lixo, dejectos de comida, sexo e loucura.

Segurei-a com força pela cintura, sentindo as suas mãos batendo nas minhas costas, encostei-a novamente contra a parede e beijei-a infinitivamente. Um beijo descomunal e repleto de força de vida. Ela ainda se debatia desesperada, espancou com todas as suas forças, as minhas costas e a minha cabeça. Não sentia os seus socos violentos. Beijei-a com mais intensidade, beijos longos e famintos, aos poucos, senti que ela começava a corresponder aos meus beijos. Sua resistência diminuia e ela chegava mesmo a sugar todas as gotas do meu sobejo que escorria dentro da sua boca. Finalmente eu a tinha dominado. Sua resistência ficou em pedaços, ela estava inerte, subjugada, indolente, como se tivesse injetado um veneno mortal nas suas veias, paulatinamente, fui dominando todos os seus desejos. A cada gesto meu, ela correspondia com uma ponta de ardor. Beijei-a uma outra vez e vagarosamente subi a minha mão direita na direção da sua coxa sensual. Minha mão tocou na sua calçinha : senti o seu sexo respirando.

Pela primeira vez ela colocou a sua mão entre as minhas pernas e, por cima da minha calça, friccionou timidamente o meu sexo. Em seguida abriu rapidamente o meu cinturão e desceu nervosamente o zipt da minha calça. Meu sexo duro e enorme dentro da sua mão. Habilmente manejou-o com força e velocidade. Aquilo me provocava uma mistura de dor e prazer. Um verdadeiro inferno. Meus olhos se fixaram na sua vagina. Era algo descomunal, vermelho em brasas e nas bordas irradiava uma tonalidade rósea. Nunca havia visto algo parecido. Aquela vulva possuia vida própria. Uma flor carnívora pousada entre as suas coxas. Fiquei alucinado. Enfiei a mão dentro da sua buceta e meus dedos foram penetrando por aquele túnel dos infernos. Meu Deus ! Ela gemia de prazer e loucura. Eu não conseguia mais me suportar sobre as pernas. Beijei-a violentamente e ela me retribui o dobro do prazer. Pegava no meu pênis com força, a força que havia perdido anteriormente e com as duas mãos, impulsionava-o para cima e para baixo, num belo e prazeroso balé.

Tentei me esquivar um pouco, doía-me enormemente o sexo, mas não havia como escapar. Ela o manejava com ferocidade e começava a possuir um completo domínio sobre o meu comportamento. Tentei segurá-la com força e rasguei o seu vestido. Nada mais importava realmente. Eu estava louco de prazer. Seus seios cairam nas minhas mãos : quentes e macios. Algo para ser saboreado durante séculos. Abandonei os seus beijos e rapidamente coloquei a boca nos seus peitos. Ouvi um pequeno gruindo de prazer. Um grito animal. Um grito de todos os nossos antepassados. Realmente nada mais importava naquele momento. Mordia gulosamente os seus mamilos e, ela em resposta, mastigava satanicamente a minha orelha. Devorava faminta e louca os meus lóbulos e lambia insaciável as gotas de sangue que escorria no meu pescoço. Perco momentaneamente a noção do desejo e do prazer. Sentia apenas uma dor e um prazer alucinante. Quanto mais a possuia, mais a desejava e ela retribuia em carícias sexuais. Senti verdadeiramente o paraíso e o inferno. Nada se igualava àquele momento, era algo próximo da loucura, jamais havia sequer sonhado que poderia haver tanto prazer reunido.

Empurrei-a para baixo e fomos caindo vagarosamente rente a parede, próximo ao fedor do lixo. Eu já estava completamente despido e seu vestido preto assistia impassível a nossa odisséia sexual. Imediatamente ela monta em cima de mim e meu pênis penetra violentamente no seu túnel suculento. Eu queria penetrá-la inteiramente, mas ela faz um jogo de cintura que retira, a todo segundo, aquela borboleta carnívora de dentro de mim. Era um jogo nojento. Ela zombava de mim. Louco e endiabrado tentei entrar com força, mas ela me dominava completamente e, ao seu bel-prazer, dançava com o seu sexo diante de mim.

Cravei as minhas unhas nas suas costas e a puxei na minha direção, ela escorregou lasciva, feito uma serpente e ficou de costas. Lá estava, bem a minha frente, a bunda mais linda de todo renascimento italiano. Era demais! Friccionou várias vezes aquele paraíso no meu sexo, eu estava dominado pela loucura do prazer, tentei introduzir meu sexo por trás, ela não permitiu. Sentia um certo prazer em me atormentar. Peguei-a com violência pelas ancas e a puxei para cima de mim, desta vez ela não conseguiu se desviar e pude enfim penetrá-la completamente. Ela soltou um urro de dor e prazer, empurrava todo o seu corpo em cima do meu sexo, seu peso era demasiado, esmagava-me completamente. Levantou-se ágil e virou-se novamente na minha direção com sua borboleta carnívora ardendo em fogo. Fiquei hipnotizado. Existia uma auréola gelatinosa e suculenta naquele túnel iluminado. Implorei e chorei somente com o objetivo de penetrá-la, depois poderia morrer completamente, as palavras não vinham, debati-me como um alucinado e os meus gestos não tinham nenhuma coordenação. Senti-me angustiado e infeliz.

Finalmente, sem um motivo aparente, permitiu que a penetrasse; deslizamos embriagados um por cima do outro. Tudo começou a girar, perdi completamente a noção do tempo, só existia aquela vagina vermelha na minha frente, eu era um animal gemendo de dor e prazer. Novamente ela começa o jogo satânico, maquinalmente, retira e coloca o meu sexo de dentro dela, meu Deus, onde foi buscar tanta força ? Ela se divertia. Tentei agarrar os seus cabelos. Inútil. Ela agora possuia o completo domínio do meu ser. Era proprietária dos meus desejos e nenhuma força neste mundo era superior ao fascínio do seu sexo.

Por milagre, finalmente, deixou o seu corpo cair por cima de mim, somente aí pude penetrá-la completamente. Uma penetração profunda, canibalesca, visceral e insaciável. Gememos feito dois enfermos. Ela ainda pedia algo. Contorciasse como uma serpente e pedia algo. Era impossível saber o que ela desejava naquele momento. Eu estava sendo sugado, minha alma estava vazia e dominada, a única coisa que possuia era um sexo duro, unhas cravadas nas suas costas, beijos e murmúrios ardentes.

Feito mágica, encontramos a perfeita harmonia e penetramos num ritmo delicioso e sincopado. Uma estranha e mágica dança sexual primitiva. O tempo e as emoções penetravam dentro de nós, uma caldeira que fosse explodir, cada vez mais e mais, o limite do suportável tinha a muito desaparecido, éramos duas cobras que rolavam no chão da cozinha numa luta de vida e morte. Finalmente gozamos ! Uma verdadeira lavagem ! Uma cachoeira de espermas que escorria entre as nossas pernas. Um oceano de luxúria a inundar todo o assoalho.

Nossos corpos, pouco a pouco, perderam a vitalidade, ficamos sonolentos, apáticos, inertes. Éramos dois barcos em alto mar a espera da brisa amena e doce que nos transportaria para um cais seguro. Nossos corpos se moldaram um por cima do outro. Ficamos calados, cansados, exaustos de prazer. Ficamos ali, olhando um para o outro, dentro dos olhos, finalmente pude notar o seu sorriso de vitória e zombaria. Aos diabos ! Docemente começei a rir, ela me acompanha na hilaridade, rimos baixinho e fomos progressivamente subindo a tonalidade. Demos gargalhadas como dois idiotas e os nossos risos podiam ser ouvidos a quilômetros de distância.

Trecho do livro “Fragmentos Submersos” editado pela livrorapido.com.br
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