A FORÇA MILAGROSA DA QUALIDADE
Francisco Miguel de Moura *
Estamos numa encruzilhada do destino. Para as opções eleitorais. Para as opções econômico-financeiras. Para nossas atitudes pessoais na ética, na estética e na filosofia.
Essa hora branca é a hora de nos mexermos.
Por que não eleger os líderes mais diferentes, menos conservadores, mais criativos, para que possam inventar um novo mundo, uma nova fórmula, uma nova moeda (se for preciso), uma nova língua, sobretudo uma nova linguagem – humana, de irmão para irmão, do sentimento para o sentimento, da arte e do artista para o consumidor de arte?
Vamos votar em quem nós nunca votamos por causa do medo dos que nos governam e nos governaram nesse conservadorismo atroz.
Vamos eleger um presidente da república que queira realmente uma ruptura com todo o drama presente: fome, miséria, terrorismo, doenças, analfabetismo, ignorância. Não precisa ser nenhum terrorista, nenhum drogado. Isto nós já vimos e sofremos não faz muito tempo. E não deu certo. Não precisa ser um ultraconservador como quase iam fazendo na França, ao votarem no primeiro turno no partido fascista, que o mundo já viu horrorizado, com o Hitler. E quase se acaba.
Vamos eleger um governador que nunca elegemos para o nosso Estado, novo e nascido no meio do povo, trabalhador e intelectual ao mesmo tempo, no bom sentido e não naquele bolorento e livresco.
Vamos eleger uma nova representação de deputados que votem as leis que o povo quer, e precisa. E que, ao mesmo tempo, revogue as velharias, as nefastas leis que apenas enchem o código mas nunca chegam à prática Mesmo por serem leis casuísticas, beneficiando poucas e determinadas pessoas e famílias (as mesmas que se revezam no poder há 500 anos).
Não podemos ficar de braços cruzados, nesta hora branca de chamamento. Cruzemos outros caminhos, não para fazer o mal – para fazer o bem que ainda não fizeram. Votar em quem deve ser votado, dizer o que deve ser dito, fazer o que deve ser feito, refeito. Votar com qualidade. A força milagrosa da qualidade é elétrica. Mais do que isto, é quântica. A partir de determinado limite forma uma cadeia invisível como aqueles tecidos unicelulares que se espalham pela natureza, na expansão generalizadas de seus desígnios.
Lembremos aqui uma pequena historinha de um relato científico. Um grupo de cientistas fez uma experiência com macacos. Bem podia ter sido humanos. Foi assim: começaram a jogar batatas nas praias de várias ilhas dos arquipélagos do Pacífico Sul. Os macacos foram encontrando a preciosa comida e apanhando e tentando comer. Incomodavam porque as batatas caídas misturavam-se com a arreia. No princípio, comiam sem limpar, trincando os dentes, jogando os grãos de areia para fora. Depois, aprenderam a limpá-las um pouco com as mãos. Um, dez cem macacos. O centésimo primeiro era uma macaca. Ela descobriu que poderia lavar as batatinhas e comê-las tranqüilamente. A partir dali os macacos de todas as ilhotas do Oriente começaram a lavar as batatas que eram jogadas, sem que tivessem tomado conhecimento do que aquele centésimo primeiro macaco (macaca) havia descoberto. É a força da acumulação, da comunicação por ondas.
A natureza toda é energia. Liguemos nossas energias. Sejamos o centésimo primeiro a limpar o horizonte da vida, a consciência, votar bem e fazer tudo bem, que a moda pegará. Não como moda, mas como força cósmica – ela existe, ela é que fez a vida e tudo que existe no universo, inclusive a moral dos homens.
Não aceite dinheiro nem nada por seu voto. Voto é consciência, não se vende. Aceite apenas um compromisso, o da verdade de sua consciência de cidadão honrado, honesto. E então a tendência da corrupção do Brasil e do mundo é desaparecer nesse campo de força preparado pelo cidadão. Façamos a nossa parte.
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Francisco Miguel de Moura é Presidente do PAN - PI e candidato a suplente de Senador pela coligação “A Vitória que o Povo Quer”. Endereço: e-mail franciscomiguelmoura@ig.com.br
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