Era uma vez um poeta
Que escrevia a penas
Prescindia do coração
Para os seus poemas
De tanto escrever
Sobre todos os temas
Viu-se exaurido
Sentiu-se esgotado
Não havia assunto
Que não tivesse abordado
Amor, paixão, felicidade
Sofrimento, tristeza, alegria
Por todos esses caminhos
Sua pena havia trilhado
Não sabia mais o que fazer
Os versos não fluíam como antes
As rimas, então nem se fala
Pareciam repetitivas vazias
Foi aí que percebeu
Que para bem escrever
O coração deveria estar
Em primeiro lugar
Mas como colocar
O coração a serviço da poesia
Nada havia construído
Senão um jogo de palavras
Bonitas, sim. Corretas, também.
Até sonoridade em suas rimas
Bem colocadas e distribuídas.
Não escrevia mal, tinha seus leitores
Um dia, infelizmente, a fonte secou
Pressentiu suas habilidades poéticas perdidas
De repente lhe veio a inspiração (afinal era poeta)
De que precisava de uma musa, talvez de um amor
Para fazer seu coração transbordar em poesia
Não precisar de temas, de palavras rebuscadas
De métrica, de rimas ou qualquer outro artifício
Ora, se não tendo musa, tão bem já escrevia
Imaginem uma musa todo o tempo a lhe inspirar!
Ajudemos o poeta a encontrar sua musa
Alguém poderia se habilitar? |