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Artigos-->FILHO: INVESTIMENTO OU DESPESA? -- 06/07/2002 - 15:57 (Ricardo Barreto Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FILHO: INVESTIMENTO OU DESPESA?














Um filho não pede para vir ao mundo, foram os pais que o colocaram aqui. Os pais também, quase sempre, não planejaram ter o filho. Queriam apenas prazer sexual mas não tomaram o cuidado necessário para evitar a gravidez.




No reino animal quando o filhote já tem condições de arrumar comida sozinho é abandonado pela mãe que cuidou dele até aquele momento. O pai nem sabe que o filho é dele e já está longe há muito tempo.




Quando o homem começou a pensar ele diferenciou-se dos outros animais e procurou organizar-se em grupos para defender-se dos perigos da vida selvagem.




Dividiram as tarefas para facilitar a vida de todos. Enquanto uns caçavam ou pescavam outros plantavam e uma parte do que um produzia era trocado por parte da produção do outro e assim dispunham de uma alimentação variada sem muito esforço.




Alguns começaram a fabricar móveis, outros a construir casas. Inventam máquinas para diminuir o trabalho muscular e, cada dia, todos trabalhavam menos e tinham mais horas de lazer.




Hoje o trabalho intelectual é mais valorizado do que o muscular embora todos sejam importantes porque o primeiro não sobrevive sem o segundo.




Até há pouco tempo não existiam planos de aposentadoria que amparassem os trabalhadores na velhice quando não pudessem mais trabalhar, então eles dependiam dos filhos para sustentá-los. Por isso eles queriam ter muitos filhos para que alguns sobrevivessem já que a mortalidade infantil era muito alta.




Também não havia tantos métodos contraceptivos eficazes.

Hoje já não precisamos dos filhos para sobreviver. Existem muitas instituições que cuidam dos idosos e os filhos não querem ter trabalho com os pais, estão mais preocupados em aproveitar a própria vida.




Então vem a pergunta: para que gastar tanto dinheiro com um filho?




Pagamos escola, comida, roupas, brinquedos, lazer, médicos e remédios, para que tudo isto?




Primeiro vem o amor, o sentimento de proteção por um ser tão frágil. Aquela alegria quando chegamos em casa e eles correm para nos abraçar com um sorriso iluminando seus rostos. Não tem nada no mundo que pague isto.




Em segundo lugar o reconhecimento social. Os pais são elogiados quando os filhos são bem criados e, muitas vezes, quando os pais não conseguiram se destacar, podem sentir orgulho com a posição conquistada pelo filho na sociedade.




Em terceiro lugar vem a lei. Ela obriga os pais a cuidarem dos filhos sob pena de estarem incorrendo em crime de abandono material e intelectual passível de punição.




Além disto tudo se ninguém tiver mais filhos ou não os preparar bem, quem vai dirigir os negócios, quem vai pilotar os aviões, quem vai produzir programas de TV e quem vai abastecer os supermercados para que possamos comprar a comida nossa de cada dia?




Os filhos dão muito trabalho aos pais é verdade, mas isso acontece desde que o mundo é mundo. Fomos feitos assim, ninguém nasce independente, todos precisamos de proteção durante os primeiros anos de vida para garantir a preservação da espécie. Se atualmente esta necessidade de proteção ampliou-se até aos vinte e cinco, trinta anos de idade a culpa é da própria sociedade que torna-se cada dia mais complexa e competitiva.




Será que a complexidade da vida moderna está melhorando a nossa qualidade de vida?




Trabalhamos hoje muito menos do que antigamente, temos mais tempo para lazer, mais facilidade para viajar, mais opções de diversão, vivemos mais e melhor.




O problema é que existem muitas distorções. Muitos não têm as condições mínimas de sobrevivência enquanto outros desperdiçam recursos.




O que temos de fazer é conscientizar-nos das distorções e lutar para eliminá-las.




Como fazer isto?




Estudando, informando-se, interagindo com outras pessoas tentando conscientizá-las e, nas eleições, votando nos candidatos que apresentarem os melhores currículos de serviços prestados à comunidade.




Não devemos ficar lamentando o trabalho e as despesas que os filhos nos dão e sim esforçar-nos para melhorar a sociedade para nós, para eles e para nossos pais.









09/01/99




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