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Cordel-->MÃOS DE TODOS NÓS -- 18/09/2006 - 22:20 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Mãos de Todos Nós
(por Domingos Oliveira Medeiros)


Mãos que se apertam em desejos
Mãos que afagam e que apedrejam
Dos que se falam em silêncio
Dos que se atraem e se cortejam
Mãos que empurram, indiferentes
Mãos de amizades inconsistentes
Mãos dos que não se desejam

Mãos que protegem, orientadoras
Mãos que seguram, e que amparam
Mãos desconfiadas, mãos fechadas
Dos que se afastam e se abraçam
Mãos dos humildes e dos calados
Mãos dos que sofrem, abandonados
Mãos dos que gritam e que imploram

Mãos dos que não choram
Mãos que mendigam por comida
Mãos sem nada, mãos vazias
Mãos mortas, mãos sem vida
Mãos que pedem esmolas
Que não escrevem, sem escolas
Mão sem direção, perdida

Mãos de amigos e companheiros
Mãos que dão bom dia, acolhedoras
Mãos que se cumprimentam
Mãos que orientam, mãos protetoras
Mãos do que voltam em breve
Mãos que não fazem greve
Mãos presentes, confortadoras

Mãos ausentes, mãos distantes
Mãos que rezam, mãos que choram
Mãos que enxugam as lágrimas
Mãos do adeus, mãos que demoram
Mãos que acenam com lenços brancos
Mãos sinceras, mãos dos francos
Mãos que amam e que adoram

Mãos que demoram em nossas mãos
Mãos que ficaram na memória
Mãos que nos trouxeram ao mundo
Mãos começo de nossa história
Mãos de médicos e de parteiras
Mãos que foram as primeiras
A dar a vida , a nossa glória

Mãos que apontaram o caminho
Mãos que andaram juntas comigo
Mãos que me ensinaram a escrita
Mãos que me mostraram o abrigo
Dos livros e da leitura
Do conhecer e da cultura
Caminhos por onde sigo

Mãos de mamãe, mãos já velhinhas
Mãos que seguraram e acalentaram
Mãos de muitas noites em claro
Mãos que beijei, me abençoaram
Mãos calejadas, mãos tão sofridas
Mãos adoradas, jamais esquecidas
Mãos que de tudo me alimentaram

Mãos que passaram, mãos incansáveis
Mãos que lavaram, mãos de cozinhas
Mãos que alertaram para os perigos
Mãos de mamãe, iguais as minhas
Mãos para o alto, é um assalto
Em pleno dia, em pleno asfalto
Assim dizia, para as vizinhas

Mãos confiáveis. Desinteressadas
Mãos de meus pais. Mãos que fizeram
Mãos que nada me pediram
Mãos que muito mais me deram
Mãos que hoje estão aposentadas
Mãos merecedoras, tão cansadas
Mãos que nunca me impuseram

Mãos do presente e do futuro
Mãos que escolhem e selecionam
Mãos de amigos e de irmãos
Mãos que pintam, tocam e amam
Mãos que bordam, mãos habilidosas
Mãos pintadas, mãos formosas
Mãos escondidas, mãos que tramam

Mãos de noite, mãos de dia
Mãos que perguntam, mãos curiosas
Mãos que gesticulam e se movem
Mãos que vigiam, mãos perigosas
Mãos que se ferem, mãos que asfixiam
Mãos que atacam, que caluniam
Mãos trêmulas, mãos nervosas

Mãos que encantam e desencantam
Mãos do poeta, mãos da poesia
Mãos assassinas, mãos que roubam
Mãos que escondem a covardia
Mãos que prendem e mãos que soltam
Mãos que se vão e não voltam
Mãos de juiz, a mão que sentencia

Mãos educadas. Mãos na rodovia
Mãos que dirigem, mãos cuidadosas
Mãos nas rodovias. Mãos calejadas
Mãos macias, mãos carinhosas
Mãos de fervor. Mãos do coração.
Mãos de fé. Mãos da comunhão.
Mãos gentis. Mãos bondosas

Mãos que acendem velas
Mãos de vigília. De proteção
São tantas as mãos. A mão que fala.
A nossa maneira. O nosso sermão
A palma da mão. A mão que é aberta
A mão fechada, a mão incerta
A mão do não e a mão do perdão

A mão de nós. A nossa mão.
Nesta infinita caminhada
Vamos pegando e soltando
Seguimos fazendo a seleção
A seleção que é natural
A seleção entre o bem e o mal
Entre o amor e a razão

Entre o ódio e a paixão
Entre o que é certo e errado
Acreditando no futuro
Caminhando lado a lado
Cantando a nossa esperança
No tempo de qualquer criança
Futuro, presente e passado
Domingos Oliveira Medeiros
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