Às vezes penso em libertar-me um dia
de todos os amores que tenho na vida.
Desencantar-me com o dia que nasce,
com o cinza que permeia o fim da tarde
e com a escuridão que abraça o sol,
deixando escapar a luz das estrelas.
Penso deixar de surpreender-me
com a ternura do olhar de quem amo.
Penso em esvaziar as minhas razões
e não ter mais que discutir por elas.
Mas o moto perpétuo dos sentimentos,
acaba (re)tomando conta do meu ser.
Por isso, só penso...
... e logo, desisto!
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