O poeta Domingos Medeiros
Não gosta mesmo de coveiro
Que fica sempre enterrando
De Janeiro a Janeiro...
E quem morre no sábado?
Domingos é que enterra ligeiro!
Sobre o assunto fúnebre
Quem tá mesmo enterrando
É um senhor lá em Brasília
Tá nem um pouco se importando,
Se é no DOMINGO ou no sábado
No povo todo tá "empurrando!"
A desigualdade social
A cada dia só aumenta
O homem lá do Planalto
Sua soberba ainda ostenta,
Enquanto isso o povo vê
"Onde é que arde a pimenta!"
Dia trinta de setembro
É vespera das eleições
Estamos já combinando
Último dia das decisões,
Dia dos eleitores brasileiros
Dizer um basta aos ladrões.
Se esse presidente "reganhar"
Vai piorar tudo de novo
Como existem muitos "alagados"
Na mesa pobre do povo
Vai entrar além do arroz
O famoso "rã com ôvo!".
Pra não haver êrro na captura
Pegar sapo e levar pra cozinha,
Vou explicar pra vocês
Como falava minha vovozinha,
Qual a diferença que existe:
"O sapo pula e a rã caminha"
Voltando ao negócio dos coveiros
Querem o salário deles melhorar,
Quem morrer em trinta de setembro
Vai ter mesmo que esperar,
Os coveiros estarão folgando
Todos também precisam votar,
Como no "Domingo" não é aceito,
Então não vai sobrar outro jeito:
Os bem vivos, no Lulinha enterrar!!!