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| Poesias-->Fluidez corrente -- 10/08/2004 - 23:48 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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Do alto de tua nascente
Desces continuamente
Tua fluidez corrente
Como se nada alterasse teu rumo
Abrindo caminhos
Ondulando
Serpenteando
As pedras que encontras
À tua vontade são moldadas
As arestas aparadas
Te acomodas suavemente
Ao leito que criaste
E descansas preguiçosamente
No remanso
Antes de partir novamente
E tu, pedra
Que te deixaste burilar
Que acompanhaste o início
E que irás até o mar
Hoje te acomodas ao fluxo
Dessa corrente fluida e frouxa
O que fazes aqui
Nestes versos indolentes?
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