Sofrem, na vida, os muitos solitários,
A ausência de algo que os complete,
Sentem no peito como que um vazio,
A dar-lhes ao viver um toque sombrio,
Um mal que dia após dia se repete,
Ocasionando-lhes motivos vários
De tristeza...
Não lhes é dado conhecer toda a beleza
Que existe em amar e ser amado,
Dedicando-se ao amor inteiramente,
Ter a felicidade infinda de quem sente
A grandiosa magia de estar apaixonado,
De ter cada vez mais toda a certeza
De ser,
Enfim, detentor do sublime poder
De encantar-se, ante o que a natureza,
Em sua insofismável magnitude,
Aos nossos olhos mostra, amiúde,
A deleitar-nos, em toda sua grandeza,
Com o espetáculo que nos permite ver
A todo instante...
E tu, de todas as estrelas, a mais brilhante,
Demonstras que aos que amam é permitido,
Todos os naturais encantos captar,
Através da plena capacidade de amar,
Pois, em teus olhos, posso ver todo o sentido
Da vida, expresso em teu olhar apaixonante,
Meu amor.
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