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Poesias-->TAXIDERMIA -- 06/08/2004 - 11:53 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olho em volta

borboletas que não voam

apesar das asas intactas.

Como presas de alfinetes invisíveis

à almofadas de luxo,

extáticas. Olhos mortos,

ainda enxergam.

Asas petrificadas. Imóveis.

Vejo então minhas próprias asas

que se movimentam,

ainda lentamente,

como em lenta ressurreição

após longo tempo de taxidermia.

Pergunto a mim mesma e às outras:

por que nos querem assim,

empalhadas, imóveis,

se nos mantêm as asas?

Taxidermia.

À guisa, quem sabe,

de simples ornamentos.

Ou quem sabe,

de uma incompreensível

forma de compaixão.

Ainda assim, taxidermia.

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